A escritora e pesquisadora Ruth Klüger faria 90 anos no dia 30 de outubro. Falecida em outubro de 2020, ganhou vários prêmios por seu trabalho como crítica e pesquisadora de literatura.
Von Amrei-Marie – Eigenes Werk, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=53782089
Em sua obra ensaística, por exemplo, Klüger se debruça sobre as possibilidades e limites da literatura para tratar de assuntos como o holocausto e a memória de um modo mais geral; sobre a relação entre literatura e realidade; sobre a mulher na literatura, seja como autora seja como personagem; e sobre clássicos da literatura mundial. O livro de sua autoria que mais recebeu atenção e reconhecimento internacional foi a coleção de ensaios Frauen lesen anders, de 1996.
Klüger nasceu em 1931 em Viena. Aos 11 anos, foi deportada com sua mãe para o campo de concentração Theresienstadt. Em 1945, logo antes do fim da guerra, conseguiu fugir do campo de concentração e foi morar com a mãe na Baviera, então ocupada pelos americanos. Essa experiência foi narrada na sua autobiografia, Weiter leben, publicada em 1992 – publicada no Brasil com o título de Paisagens da memória: Autobiografia de uma sobrevivente do Holocausto (trad. Irene Aron, Editora 34, 2005).
Em 1947, Klüger emigrou com sua mãe para os EUA, onde estudou biblioteconomia e germanística. Foi professora da Universidade de Princeton, da Universidade da Califórnia e professora convidada da Universidade Georg-August, em Göttingen.
O Centro Austríaco possui quatro livros da autora em sua coleção: Frauen lesen anders, Weiter leben, Gelesene Wirklichkeit e Freuds Ödipus im androgynen Rosenkavalier.