Verbete produzido por Helena Nazareno Maia

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By Thomas.Bernhard.jpg: Thomas Bernhard Nachlaßverwaltungderivative work: Hic et nunc – This file was derived from: Thomas.Bernhard.jpg:, CC BY-SA 3.0 de, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=20661764

Meine Existenz hat zeitlebens immer gestört. Ich habe immer gestört und ich habe immer irritiert. Alles, was ich schreibe, alles, was ich tue, ist Störung und Irritierung. Mein ganzes Leben als Existenz ist nicht anders als unterbrochene Storen und Irritieren.

(Der Keller, 1976) 

Minha existência sempre perturbou, o tempo todo. Sempre perturbei e sempre irritei as pessoas. Tudo que escrevo, tudo o que faço é perturbação e irritação. Minha vida inteira, toda a minha existência, nada mais é do que perturbação e irritação ininterruptas.  

(Origem, 2006. Tradução de Sergio Telarolli)

Dramaturgo, romancista e ensaísta, Thomas Bernhard ficou conhecido como uma espécie de destruidor na literatura austríaca, pela voz dura e sempre pessimista, carregada de hipérboles violentas e estruturas repetitivas – certas vezes, de efeito cômico – que emulam a estrutura de obsessões e não deixam espaço para qualquer perspectiva redentora do mundo. Apesar de ter nascido numa pequena cidade da Holanda, Bernhard era de nacionalidade austríaca e viveu a maior parte da vida na Áustria, tendo pertencido a uma geração de escritores para os quais a recente história do país era um motivo literário recorrente cujo tratamento – quase como uma necessidade – vinha revestido de críticas. Na obra bernhardiana, o diálogo íntimo com os problemas da nação chegou cedo, desde a publicação de seu primeiro trabalho em prosa, o romance “anti-patriótico” ou “anti-pátria” (Anti-Heimat-Roman) Geada [Frost] de 1963. A ele se seguiriam anos de intensa produção literária, marcados por constantes controversas com a crítica e o público. Acusado de ser um “Nestbeschmutzer” (em tradução literal, “aquele que suja o próprio ninho”), Bernhard foi odiado tanto por setores conservadores da sociedade quanto por parte da esquerda, em virtude do tom feroz e determinante (as vezes, hiperbólica) de suas críticas dirigidas ao passado nazista da Áustria, especialmente à conivência de parte da população com o regime nazifascista após a anexação do país à Alemanha hitlerista. O auge dessa fama foi o escândalo em torno da peça Praça dos Heróis [Heldenplatz], cuja estreia no Burgtheater de Viena em 1988 foi acompanhada de protestos do lado de fora do teatro, após diferentes veículos de mídia terem vazado trechos descontextualizados do texto teatral. 

Não é, no entanto, por esse aspecto político e “nacional” que Bernhard é mais lembrado por seus comentadores; algo que pode ser interpretado, segundo o crítico Dagmar Lorenz (2014, p.75), em vista do caráter universal de suas críticas, que se reportam não só aos austríacos e à cultura alemã, mas também à condição humana. Fora os ataques constantes à sociedade austríaca e à vida moderna, a obra bernhardiana é marcada e reconhecida pela tematização da busca obsessiva por um ideal artístico e o sofrimento do sujeito com este, assim como a transposição de princípios musicais, como repetição, variação e modulação, para a linguagem – este especialmente observados no romance O Náufrago [Der Untergeher]. A isso podemos acrescentar também a persistência de certo tipo de protagonista em suas histórias: o sujeito deslocado e em situação de isolamento, atormentado tanto por obsessões quanto por doenças. Frequentemente, essas características são associadas à própria figura do autor, que se tornou personagem não só da própria obra, em seus escritos biográficos, mas também da cena literária, como uma figura fechada e pessimista, do qual pode-se sempre esperar uma declaração polêmica. Mas para além da mística de auteur, a perspectiva biografista sobre sua obra é muitas vezes provocada por declarações do próprio Bernhard, como a de que todas as figuras masculinas de sua obra seriam de alguma forma seu avô materno Johannes Freumblicher – quem, segundo ele, o influenciara a seguir a carreira de escritor e com o qual ele nutriu durante a infância uma intensa relação. De modo similar, também na experiência de estudar em um internato de orientação nazista e, após 1945, católica durante a infância e adolescência – definida por ele como um “cárcere” – podem ser encontradas raízes parciais da associação recorrente entre nazismo e catolicismo em sua obra. Apesar da postura de outsider, Bernhard foi um dos mais prolíficos escritores austríacos, tendo acumulado ao fim da vida uma longa lista de prêmios e extenso reconhecimento internacional, os quais foram discutidos por ele no conjunto de textos que compõem Meus Prêmios [Meine Preise]. Sua morte, com apenas 58 anos, foi causada por uma dentre as doenças pulmonares que o acompanharam durante toda a vida.

Trechos traduzidos

O melhorador do mundo [Der Weltverbesserer]
BERNHARD, Thomas. Der Weltverbesserer. Frankfurt: Suhrkamp, 1979.

WELTVERBESSERER […]
Der Erzbischof hat gesagt
dass er keine tiefere Philosophie kenne
Die Würdenträger der Kirche
sind unbestechlich
wenn es um die Beurteilung der philosophischen Materie geht
Und erst wenn es sich durch und durch um religiöse Philosophie handelt
pathetisch
Wäre die Welt
worunter ich nur die Geisteswelt verstehe
hat der Erzbischof von Paris gesagt
nur imstande Ihren Traktat zu verstehen
sie wäre nicht traurig
So hat es der Erzbischof von Paris gesagt
mit diesen Worten
In deiner Anwesenheit
Dass ich dich mitgenommen habe in die Paulskirche zu Frankfurt
war eine Kühnheit
In der vordersten Reihe bist du gesessen
neben den Burgmeister
ein Vorrecht
das immer nur den Ehefrauen der Ausgezeichneten zusteht
Meine Rede hat Aufsehen gemacht
noch heute sprechen die Leute von dieser Rede
Mein Traktat zur Verbesserung der Welt
ist in achtunddreißig Sprachen übersetzt worden
Selbst ins Hebräische
Eine chinesische Übersetzung ist in Vorbereitung
Alle diese Übersetzer haben sich immer wieder
hilfesuchend an mich gewandt
aber ich habe ihnen allen nicht helfen können
Einem Übersetzer kann nicht geholfen werden
der Übersetzer muss seinen Weg allein gehen
Sie haben meinen Traktat entstellt
total entstellt
Die Übersetzer entstellen die Originale
Das Übersetze kommt immer nur als Verunstaltung auf den Markt
Es ist der Dilettantismus
und der Schmutz des Übersetzers
der eine Übersetzung so widerwärtig macht
Das Übersetzte ist immer ekelerregend
Aber es hat mir eine Menge Geld eingebracht

WELTVERBESSERER […]
Die Welt ist eine Kloake
aus welcher es einem entgegenstinkt
Diese Kloake gehört ausgeräumt
Das ist ja auch der Inhalt meines Traktats
Aber wenn wir die Kloake vollkommen ausräumen
ist sie leer
Die Frau geht hinaus
Dann bleibt uns nichts anders übrig
als dass wir uns kopfüber hineinstürzen

WELVERBESSERER
Wenn wir etwas sagen
werden wir nicht verstanden
Wenn wir die Wahrheit sagen
ist es doch nur gelogen
Wir sind auch zu große Fanatiker
und der Fanatismus ist ein Unglück
Von Kunst verstehen wir nichts
die Natur hassen wir
Unsere Gedanken stellen sich als Unsinn heraus

WELVERBESSERER […]
Ich weiß
ich bin ungerecht
Ich bin ein Scheusal
ich bin unverbesserlich
Ich bin gerührt
tatsächlich ich bin gerührt
tätschelt der Frau auf die Brust
In gewissem Sinne
bin ich ungerecht
in gewissem Sinne
Meine Launen
ich weiß
Weltverbesserer liest im Buch
Wo ist die Stelle
blättern im Buch
Diese Stelle
diese ausgezeichnete Stelle
Da ist sie
liest
Nein
es ist doch nichts
nichts
nichts
wirft das Buch weg und legt die Hände in den Schoss mit gesenktem Kopf
Die Stille
die uns alle krank macht
die krankmachende Stille
schaut um sich
In jeden Detail
ist Krankheit
überall
in allem
Eine Komödie
haben wir geglaubt
aber es ist doch eine Tragödie
Nach und nach
wird in diesen Mauern
eine Tragödie gespielt

WELTVERBESSERER sinkt in sich zusammen
[…]
Wir lieben unser Leben
und hassen es gleichzeitig
Weil wir so strebsam sind
kommen wir vorwärts
Jedes Jahr schwierigere Examen
jedes Jahr größere Verständigungsschwierigkeiten
Der Kranke ist überfordert“ (p. 123, p.15)

O MELHORADOR DO MUNDO […]
O arcebispo disse
que não conhece nenhuma filosofia mais profunda
Os dignatários da igreja
são incorruptíveis
quando se trata do julgamento

de questões filosóficas
E apenas quando se trata integralmenteda Filosofia da religião
patético
Se o mundo
e refiro apenas ao mundo espiritual
disse o Arcebispo de Paris
fosse apenas capaz de entender seu Tratado
ele não seria tão triste
Assim disse o Arcebispo de Paris
com essas palavras
Na sua presença
Ter te levado a igreja de Frankfurt
foi uma ousadia
Você sentou na primeira fila
ao lado do prefeito
um privilégio
ao qual somente as esposas dos homenageados tem direito
Meu discurso foi uma sensação
até hoje as pessoas comentam esse discurso
Meu Tratado para a melhoria do mundo
foi traduzido para trinta e oito línguas
Primeiro em hebraico
Uma tradução chinesa está em andamento
Todos esses tradutores tentaram repetidamente
me procurar por ajuda
mas eu não pude ajudar ninguém
Não se pode ajudar um tradutor
o tradutor precisa trilhar sozinho seu caminho
Eles distorceram meu Tratado
totalmente distorcido
Os tradutores distorcem os originais
A tradução só pode chegar à prateleira como uma deformidade
São o diletantismo
e a sujeira dos tradutores
que fazem sempre uma tradução tão repugnante
O traduzido é sempre asqueroso
Mas ela me trouxe um bom dinheiro

O MELHORADOR DO MUNDO […]
O mundo é uma cloaca
cujo cheiro fede contra o rosto
Essa cloaca tem que ser limpa
Isso é o conteúdo do meu Tratado
Mas quando limparmos totalmente a cloaca
ela ficará vazia
A Mulher vai para fora
Então não nos resta mais nada
se não mergulhar de cabeça adentro

O MELHORADOR DO MUNDO
Quando dizemos algo
não nos entendem
Quando dizemos a verdade
é afinal apenas uma mentira
Nós também somos grandes fanáticos
e o fanatismo é um infortúnio
Não entendemos nada da arte
odiamos a natureza
Nossos pensamentos acabam se revelando um disparate

O MELHORADOR DO MUNDO

Eu sei
eu sou injusto
sou um monstro
sou incorrigível
sou sentimental
Eu realmente sou um sentimental
dá batidinhas nos ombros da Mulher
Em certo sentido
eu sou injusto
em certo sentido
Meus caprichos
eu sei
O Melhorador do mundo lê algo no livro
Onde está o trecho
folheia o livro
Esse trecho esse trecho brilhante
Aqui está

Não
não é nada
nada
nada
joga o livro para longe e põe as mãos no colo com a cabeça baixa
O silêncio
que a todos adoece 
o silêncio adoecedor
olha em volta
Em cada detalhe
é a doença
em toda parte
em tudo
Uma comédia
nós acreditamos
mas é de fato uma tragédia
Pouco a pouco
entre essas paredes
encenamos uma tragédia

O MELHORADOR DO MUNDO afundado em si mesmo
[…]
Nós amamos nossa vida
e ao mesmo tempo a odiamos
Porque somos tão ambiciosos
seguimos em frente
Todo ano provações mais difíceis
todo ano mais dificuldades de comunicação
O doente está exausto

Cena 2

WELTVERBESSERER […]
Einerseits messen wir der Küche
viel zuviel Bedeutung bei
anderseits
Die Köche haben uns in der Hand
vielleicht Nudeln
Aber es ist ein Festtag
Der Ehrendoktortag
Wir haben immer
einen verdorbenen Magen
alles verdirbt uns den Magen
Ist es nicht die Küche
ist es die Philosophie
oder die Sozialfürsorge
ruft hinaus
Generell habe ich nichts
gegen Nudeln
zu sich
In der Schweiz habe ich mir das letztemal
den Magen verdorben
Ich will nicht mehr in die Schweiz
ich habe nichts zu suchen in der Schweiz
ich bin von der Schweiz immer enttäuscht gewesen
ruft hinaus
Ich fahre nicht in die Schweiz
Ich lehne die Einladung ab

WELTVERBESSERER […]
Die Geschichte verdaut alle diese Leute
Die größten Ungeheuer
die größten Scheußlichkeiten
hat die Geschichte schon verdaut
Die Geschichte hat einen guten Magen

O MELHORADOR DO MUNDO
Por um lado damos à cozinha
importância demais
por outro
Os cozinheiros nos têm na palma da mão
talvez macarrão
Mas é dia de festa
Dia de doutor honoris causa
Nós sempre temos
dor de barriga
tudo nos dá dor de barriga
Se não é a cozinha
é a filosofia
ou a assistência social
grita
No geral não tenho nada
contra macarrão
para si mesmo
Da última vez na Suíça
fiquei com dor de barriga
Eu não quero mais ir para a Suíça
não tenho nada a fazer na Suíça
sempre fico decepcionado com a Suíça
grita
Eu não vou para a Suíça
Eu recuso o convite

O MELHORADOR DO MUNDO […]
A história digere a toda essa gente
Os piores monstros
as piores aberrações
a história já digeriu
A história tem um bom estômago

Cena 3

WELTVERBESSERER […]
Mein Kopf verträgt keine Belästigung
Nur Ruhe Ruhe Ruhe verstehst du
absolute Ruhe
Die Frau macht das Fenster zu
Ich wäre längst verrückt
bei offenen Fenster
Ich hasse die Natur
ich hasse frische Luft
ich hasse was von draußen hereinkommt
Wir hätten längst umziehen sollen
Ein fürchterliches Gebäude
ein Grabmal
eine kostspielige Gruft
Und lauter Schädlinge um mich
Wohin ich schaue
sehe ich nichts als Schädlinge
Ich hasse die Natur
ich habe die Natur immer gehaßt
Mir ist das Künstliches näher
das soll nicht heißen
das ich ein Anhänger der Kunst bin
auch die Kunst ist mir verhaßt
Meine Ohren sausen
Mein Magen drückt mich
Meine Pupillen schmerzen
Du weißt
wie mich alles blendet
was von außen kommt […]

O MELHORADOR DO MUNDO […] 

Minha cabeça não aguenta estorvos
Apenas silêncio silêncio silêncio entende silêncio absoluto

A mulher fecha a janela

Eu teria enlouquecido há tempos
com as janelas abertas
Eu odeio a natureza
Odeio o ar fresco
odeio tudo que vem de fora
Deveríamos ter ido embora há tempos
Um prédio horroroso
um túmulo
uma tumba dispendiosa
E ao meu redor uma infestação de pragasA onde quer que eu olhe
não vejo nada além de pragas
Eu odeio a natureza
Sempre odiei a natureza
O artificial me é mais familiar
o que não significa
que eu seja um adepto da arte
pra mim a arte também é detestável
Meus ouvidos zombem
Meu estômago me atormenta
Minhas pupilas doem
Você sabe
como me cega tudo
aquilo que vem de fora

Cena 4

DER WELTVERBESSERER
Die größte Dummheit
wenn wir auf die Seele hören
der Seele nachgeben
dann machen wir uns vor uns lächerlich
Die Zeitungen halten uns den Spiegel vors Gesicht
deshalb hassen wir die Zeitungen
Die Frau schiebt den Fauteuil vorwärts
Weil wir in ihnen immer wieder nur uns selbst finden
gleich welche Seite wir aufschlagen
Dem Zeitungleser wird an jedem Tag
seine Gemeinheit und seine Niedrigkeit heimgezahlt
Wenn wir denken
sind wir stark
wenn wir handeln
unfähig
es geling uns nichts
Wir haben keine Zukunft
Die Hoffnungslosigkeit
macht alles erträglich

O MELHORADOR DO MUNDO
A maior imbecilidade
quando damos ouvidos à alma
é ceder à alma
então nos tornamos ridículos
Os jornais refletem quem somos
Por isso nós odiamos os jornais
A mulher empurra a poltrona para frente
Porque neles encontramos sempre apenas a nós mesmos
não importa qual página abrimos
Todos os dias o leitor de jornal recebe na mesma moeda sua canalhice e baixeza
Quando pensamossomos fortes
quando agimos
incapazes
nada dá certo para nós
Não temos futuro
A falta de esperança
torna tudo suportável

Cena 5

WELTVERBESSERER […]
Mein Traktat will nichts anders
als die totale Abschaffung
nur hat das niemand begriffen
Ich will sie abschaffen
und sie zeichnen mich dafür aus
Und sage ich ihnen was mein Traktat        wirklich bezweckt
halten sie mich für verrückt
Die Opfer verhelfen ihrem Mörder zum Ehrendoktor
Alle Wege führen unweigerlich
in die Perversität
und in die Absurdität
Wir können die Welt nur verbessern,
wenn wir sie abschaffen

O MELHORADOR DO MUNDO […] 
Meu Tratado não almeja nada 
que não a extinção total
mas ninguém entendeu isso
Eu quero extingui-los 
e por isso eles me premiam
E quando explico o objetivo verdadeiro do meu tratado
acham que enlouqueci
O assassino recebe o título de doutor honoris causa com ajuda das vítimas
Todos os caminhos levam inevitavelmente 
à perversidade
e ao absurdo
Só podemos melhorar o mundo
se o extinguirmos

ALGUMAS OBRAS

*Os títulos em português são traduções nossas, de caráter provisório e informativo ao público não-falante de língua alemã, não se tratam de proposições para publicações, mas de aproximações. Para as obras já traduzidas e publicadas no Brasil, foram utilizados os títulos dessas publicações – CF. seção abaixo Recepção Brasileira – e o título recebe negrito.  

Romances e narrativas curtas:

Frost [Geada]. Frankfurt: Insel, 1963.

Verstörung [Perturbação] Frankfurt: Insel, 1967.

Das Kalkwerk [Mineiradora de Calcário]. Frankfurt: Suhrkamp, 1970.

Korrektur [Correção]. Frankfurt: Suhrkamp, 1975.

Die Ursache. Eine Andeutung. [A Causa. Uma intimação.] Salzburg: Residenz, 1975.

Der Keller. Eine Entziehung. [O Porão. Uma perda]. Salzburg: Residenz, 1976.

Gehen [Andar]. Frankfurt: Suhrkamp, 1971.

Der Stimmenimitator. [O imitador de vozes]. Frankfurt: Suhrkamp, 1978. 

Der Atem. Eine Entscheidung. [A respiração. Uma decisão]. Salzburg: Residenz, 1978.

Die Kälte. Eine Isolation. [O frio. Um isolamento]. Salzburg: Residenz, 1981.

Ein Kind [Uma criança]. Salzburg: Residenz, 1982.

Beton [Concreto]. Frankfurt: Suhrkamp, 1982.

Der Untergeher.  [O náufrago] Frankfurt: Suhrkamp, 1983.

Holzfällen. Eine Erregung. [Árvores abatidas. Uma provocação] Frankfurt: Suhrkamp, 1984.

Alte Meister [Mestres Antigos]. Frankfurt: Suhrkamp, 1985.

Auslöschung. Ein Zerfall. [Extinção. Uma derrocada]. Frankfurt: Suhrkamp, 1986.

Wittgensteins Neffe. Eine Freundschaft. [O sobrinho de Wittgenstein]. Frankfurt: Suhrkamp, 1982.

Meine Preise [Meus prêmios]. Frankfurt: Suhrkamp, 2009.

Filmes:

Drei Tage. Ein Porträt von Ferry Radax.  [Três dias. Um retrato por Ferry Radax.] Primeira exibição: WDR/Westdeutsches Fernsehen, 17.10.1970. Diretor: Ferry Radax. 

Dramas: 

Ein Fest für Boris [Uma festa para Boris]. Frankfurt: Suhrkamp, 1970

Em Uma festa para Boris, a personagem referida como “die Gute” (literalmente, “a Boa”) é uma senhora rica que perdeu ambas as pernas e vive apenas com sua criada Joanna e seu segundo marido, também amputado, Boris; entretanto os dois procuram desesperadamente fugir da senhora. No aniversário de Boris, todos seus amigos, igualmente sem pernas, atendem a festa, que se torna local para reclamações sobre a vida e condições do asilo em que estão. Este primeiro drama do autor marca o início de sua colaboração com o diretor Claus Peymann, responsável pela primeira encenação da peça, e foi profundamente influenciado pelo teatro do absurdo.  

Der Ignorant und der Wahnsinnige [O ignorante e o Louco]. Frankfurt: Suhrkamp, 1972.

O enredo de O ignorante e o Louco gira em torno da performance de uma cantora lírica que interpreta a personagem da Rainha da Noite na ópera de Mozart A Flauta Mágica. Em três atos nos quais a Rainha, o Pai (o ignorante) e o Médico (o louco) estão fisicamente presentes, mas isolados em si mesmos e em sua auto repetição, são postas em cena questões relativas à arte, às relações familiares e ao sofrimento humano. Encenada pela primeira vez no Festival de Salzburgo de 1972, a peça rendeu um escândalo que ficou conhecido como “Notlicht-Skandal” (“escândalo das luzes de emergência”), quando permaneceram acesas no final da peça as luzes de emergência – que, a pedido do diretor Claus Peymann, deveriam ter sido desligadas junto com as demais, para que tudo ficasse escuro, segundo a indicação do autor. 

Die Macht der Gewohnheit [A força do hábito]. Frankfurt: Suhrkamp, 1974

Primeira comédia do dramaturgo, A força do hábito acompanha as tentativas obsessivas do diretor de circo Caribaldi performar ao nível da perfeição o Quinteto de Trutas de Schubert com sua trupe. Os esforços de Caribaldi, no entanto, são constantemente sabotados pelos artistas, que não veem sentido nos rituais tortuosos de ensaio aos quais o diretor quer submetê-los. Com base na partitura do compositor austríaco Franz Schubert, o texto da peça incorpora as noções musicais de repetição e variação – que se tornaram reconhecidamente traços característicos da obra bernhardiana. 

Der Präsident [O Presidente]. Frankfurt: Suhrkamp, 1975. 

Nesta peça de ação mínima e longos monólogos, a vida privada de um presidente conservador e de sua esposa após o atentado de um grupo anarquista tornam-se espaço para a exploração de questões políticas e filosóficas que não dependem do contexto ou de um país específico e, por isso, parecem ter algo a dizer até hoje. Sem oferecer respostas para eventuais problemas sociais e dilemas morais que aparecem nos diálogos, Bernhard apresenta um texto repleto de ambiguidades – cuja estrutura em versos acentua – que nubla a fronteira entre trágico e cômico. 

Der Weltverbesserer [O melhorador do mundo]. Frankfurt: Suhrkamp, 1979

Em Der Weltverbesserer, literalmente “aquele que melhora o mundo”, o protagonista, identificado homonimamente ao título, é um homem que está para receber o título de doutor honoris causa por seu brilhante “Tratado para a melhoria do mundo”. A peça, que gira em torno da situação familiar do “Welverbesserer” com sua esposa e das questões em torno do recebimento do título acadêmico, consiste basicamente em um monólogo e foi escrita para ser interpretada pelo ator Bernhard Minetti. Nela, somos apresentados à imagem contraditória de um homem egocêntrico que trata a mulher como serviçal e reclama constantemente de tudo e todos, mas que é reconhecido no âmbito acadêmico pelo seu idealismo e genialidade. 

Vor dem Ruhestand. Eine Komödie von deutscher Seele [„Antes da aposentadoria. Uma comédia da alma alemã”]. Frankfurt: Suhrkamp Verlag, 1979.

Descrita por Bernhard como sua melhor peça, Vor dem Ruhestand se passa no período pós-guerra, e gira em torno da vida familiar de Rudolf Höller, um membro respeitado da sociedade alemã e presidente de um tribunal, que é abertamente fiel a suas convicções nacionais-socialistas. Além de explorar como o passado ainda exerceria peso no presente e comentar questões polêmicas como o incesto, a peça disseca estruturas de pensamento que estariam enraizadas nas ideologias nazifascistas. Estreada em 1979 sob a direção de Peymann, ela foi entendida como uma metáfora para o Caso Filbinger – que começou com uma polêmica envolvendo o dramaturgo Rolf Hochhuth e o Primeiro-Ministro do estado alemão de Baden-Württemberg, Hans Filbinger, e terminou com a demissão forçada deste, que fora membro do Partido Nazista e juiz no tribunal da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial. 

Der Theatermacher [O fazedor de teatro]. Frankfurt: Suhrkamp 1984

Nesta tragicomédia, o renomado ator estatal Bruscon planeja encenar, na pequena cidade de Utzbach, a peça “A roda da história” (“Das Rad der Geschichte”) junto com a mulher e seus dois filhos. No entanto, a realização do espetáculo se torna um desafio tanto para o obsessivo Bruscon quanto para seus familiares, que se veem submetidos aos duros ensaios e críticas do ator. Além de fazer alusão ao famoso “escândalo das luzes de emergência” que correu na estreia de “O ignorante e o louco” em Salzburgo, a peça tece um comentário sobre a perseguição a um ideal artístico e a dificuldade de realiza-lo em um mundo hostil à arte. As relações familiares aqui expressas também foram associadas a figuras presentes na vida de Bernhard, especialmente a seu avô Johannes Freumbichler. 

Einfach kompliziert [Simplesmente complicado]. Frankfurt: Suhrkamp, 1986.

Dedicada para Bernhard Minetti em virtude de seu aniversário de oitenta anos, a peça trata da luta de um artista idoso e doente contra a desagregação de sua vida. Sozinho e próximo da senilidade, o protagonista conserva em sua memória seu papel como Ricardo III, na peça homônima de Shakespeare, com o qual ele confunde sua própria identidade em intervalos regulares. Como em Krapp’s last tape (“A última gravação de Krapp”), de Beckett, Einfach kompliziert é um monólogo gravado pelo protagonista em um gravador de fitas cassetes. 

Elisabeth II. Frankfurt: Suhrkamp, 1987

A rainha Elisabeth II está fazendo um tour por Viena e o apartamento do velho industrial Herrenreiter está localizado justamente em uma das principais ruas no trajeto da monarca. Para a infelicidade de seu morador, um senhor rabugento e teimoso, isso fará com que o local logo fique cheio de familiares e conhecidos que querem ver a rainha. Como é característico do texto bernhardiano, a estrutura desta peça acompanha um “pensamento cíclico” do protagonista, Herrenreiter, por meio de longos monólogos que revolvem em torno de suas reclamações contra o contexto político e comportamento dos austríacos 

Heldenplatz [Praça dos Herois]. Frankfurt: Suhrkamp, 1988.

O ano é 1988 e o funeral do prof. Josef Schuster, um professor universitário de origem judaica que se suicidara, é atendido por seus familiares e se torna ocasião para a discussão de aspectos sociais e políticos da Áustria. Escrita sob encomenda do diretor Claus Peymann para o centenário do Burgtheater de Viena, Praça dos Heróis traça um paralelo entre o contexto político da Áustria na época e aquele em 1938, quando a anexação do país pela Alemanha nazista era festejada por muitos austríacos.

RECEPÇÃO BRASILEIRA:

Traduções de obras do autor 

Derrubar Árvores. Uma irritação [Holzfällen. Eine Erregung]. Tradução: Sergio Tellaroli. São Paulo: Todavia, 2022. 

Mestres Antigos [Alte Meister]. Tradução: Sergio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2021. 184 p. 

O presidente [Der Präsident]. Tradução: Gisele Eberspächer e Paulo Rogério Pacheco Júnior. Supervisão da tradução: Ruth Bohunovsky. Curitiba: Editora UFPR, 2020. 

Praça dos Heróis [Heldenplatz]. Tradução: Christine Röhrig. São Paulo: Temporal, 2020. 

Andar [Gehen]. Tradução: Marcelo Cordeiro Correia. São Paulo: Editora Brasileira de Arte e Cultura, 2017. 

Meus prêmios [Meine Preise]. Tradução: Sergio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.  

O imitador de vozes [Der Stimmenimitator]. Tradução: Sergio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 

Origem. Tradução: Sergio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. OBS.: Publicação conjunta dos volumes lançados separadamente: Die Ursache. Eine Andeutung [A Causa. Uma intimação]; Der Keller. Eine Entziehung [O Porão. Uma perda]; Der Atem. Eine Entscheidung [A respiração. Uma decisão]; Die Kälte. Eine Isolation [O frio. Um isolamento]; e Ein Kind [Uma criança]. 

Extinção. Uma derrocada [Auslöschung. Ein Zerfall]. Tradução: José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.  

Perturbação [Verstörung]. Tradução: Hans Peter Welper e José Laurenio de Melo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. 

O náufrago [Der Untergeher]. Tradução: Sergio Tellaroli. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. 

Árvores abatidas. Uma provocação [Holzfällen. Eine Erregung]. Tradução: Lya Luft. Rio de Janeiro: Rocco, 1991. 

O sobrinho de Wittgenstein. Uma amizade [Wittgensteins Neffe. Eine Freundschaft]. Tradução: Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 1992. 

Livros publicados ou traduzidos sobre o autor

SIGNEU, Samir. Thomas Bernhard: o fazedor de teatro: e a sua dramaturgia do discurso e da provocação: 36. São Paulo: Perspectiva, 2017.

KONZETT, Mathias (Org.). O artista do exagero: a literatura de Thomas Bernhard. Organização da tradução e intrdoução: Ruth Bohunovsky. Curitiba: Editora UFPR, 2014. 

MITTERMAYER, M.; HUBER, M. KARLHUBER, P (Org.). Bernhard e seus seres vitais: fotos, documentos, manuscritos. Trad: Ruth Bohunovsky e Daniel Martineschen. Curitiba: Editora UFPR, 2014.

Monografias e teses

ALVES, Moisés Oliveira. Uma festa para Boris: tragicidade no teatro de Thomas Bernhard. 2013. 193 f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Cultura) – Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9183. Acesso em: 30 out. 2021. 

FLORY, Alexandre Villibor. Sopa de letras nazista: a apropriação imediata do real e a mediação pela forma na ficção de Thomas Bernhard. 2006. 386 f. Tese (Doutorado em Língua e Literatura Alemã) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, University of São Paulo, São Paulo, 2006. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-08112007-141402/pt-br.php. Acesso em: 05 out. 2021. 

DÁVALOS, Patrícia Miranda. Ficção e autobiografia: uma análise comparativa das narrativas de Thomas Bernhard. 183 f. Dissertação (Mestrado em Língua e Literatura Alemã) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, University of São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-03032010-121929/en.php. Acesso em: 05 out. 2021.

OLIVEIRA, Samir Signeu Porto. Thomas Bernhard, o Struwwelpeter do teatro de língua alemã ou o fazedor de teatro e a sua dramaturgia do discurso e da provocação. 2011. Tese (Doutorado em Pedagogia do Teatro) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. doi:10.11606/T.27.2011.tde-08052013-163941. Acesso em: 05. Out. 2021.

RIBEIRO, Helano Jader Cavalcante. A otobiografia de Thomas Bernhard: por uma Origem indecidível e redentora. Tese (Doutorado em Literatura) – Centro de Comunicação e Expressão, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/135496. Acesso em: 05 out. 2021. 

SANTOS, José Lucas Zaffani dos. A estetização da experiência falhada em três narrativas de Thomas Bernhard: O náufrago, Árvores abatidas e Extinção. 2020. Tese (Doutorado em Estudos Literários) – Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2020. Disponível em: Acesso em: 05 out. 2021.

Artigos em revistas acadêmicas

APOLINÁRIO, M. S. A estética do fracasso ou o gênio infecundo: considerações sobre o náufrago, de Thomas Bernhard. Raído, Dourados, v. 5, n. 10, p. 191-205, jul./dez. 2011. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/1322. Acesso em: 05 out. 2020. 

BOHUNOVSKY, R. A Perturbação, de Thomas Bernhard, em português: duas traduções em comparação. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 16, n. 21, p. 128-148, 2013. DOI: 10.1590/S1982-88372013000100007. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/64132. Acesso em: 5 out. 2021.

BOHUNOVSKY, R.; SOUZA, M. P. de; KULISKY, Y.  Ereignisse – pequenas histórias do “destruidor de histórias” Thomas Bernhard. In‐Traduções, Florianópolis, v. 5, n. 8, p.240‐256, 2013. Disponível em: http://stat.entrever.incubadora.ufsc.br/index.php/intraducoes/article/view/2195. Acesso em: 5 out. 2021. 

BOHUNOVSKY, Ruth. A recepção de Thomas Bernhard no Brasil. Caminhos da tradução e do humor bernhardiano. Anais do 1º Congresso da Associação Brasileira de Estudos Germanísticos (ABEG) 09-11 de novembro 2015 – USP São Paulo. p. 47-53. 

FLORY, A. Formalização estética e história na Áustria: anotações sobre Ingeborg Bachmann e Thomas Bernhard. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 24, n. 44, p. 176-202, 2021. DOI: 10.11606/1982-88372444176. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/187700. Acesso em: 5 out. 2021.

FLORY, A. V. A forma de provocação em Praça dos Heróis, de Thomas Bernhard. Letras, Santa Maria, v. 20, n. 41, p. 11-28,  jul./dez. 2010. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/12157. Acesso em: 05 out. 2021.

FLORY, A. V. A literatura austríaca como questão para a historiografia literária alemã: a provocação formal em Heldenplatz, de Thomas Bernhard. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, n. 16, p. 89-121, 2010. DOI: 10.1590/S1982-88372010000200005. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/38089. Acesso em: 5 out. 2021.

FLORY, A. V.; SILVA, M. C. Thomas Bernhard e José Saramago: um exercício de leitura comparada pela dialética entre forma literária e processo social. Revista Ângulo, Lorena, n. 130, p. 23-32, 2012. Disponível em: http://publicacoes.unifatea.edu.br/index.php/Angulo/article/view/1760. Acesso em: 5 out. 2021.

MUELLER, Geisa. A Memória-crítica nos Relatos Autobiográficos de Thomas Bernhard. 2º Congresso da Associação Brasileira de Estudos Germanísticos (ABEG) 24-26 de maio de 2017 – UFSC Florianópolis. 

PAZ, R. V. A Invocação dos Rancores: alieni(ili)smo e (in)transcendência na Perturbação de Thomas Bernhard. Boletim de Pesquisa NELIC, Florianópolis, v. 12, n. 17, p.64-84, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/nelic/article/view/1984-784X.2012v12n17p64 Acesso em: 5 out. 2021. 

RIBEIRO, H. J. Thomas Bernhard e Walter Benjamin: por uma origem redentora. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 119–127, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/18540. Acesso em: 5 out. 2021.

RIBEIRO, H. J. Thomas Bernhard: entre máscaras e ruínas dialéticas. Revista Investigações, Recife, v. 28, n. 1, (s.p), jan. 2015. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/INV/article/view/1069. Acesso em: 5 out. 2021.

RIBEIRO, H. J. Thomas Bernhard: pensamento fenecido e sujeito ressucitado. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 15, n. 1, p. 363-377, 2010. DOI: 10.5007/2175-7917.2010v15n1p363. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2010v15n1p363. Acesso em: 5 out. 2021.

RIBEIRO, H. J. Thomas Bernhard e Walter Benjamin: por uma origem redentora. Aletria: Revista de Estudos de Literatura, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 119–127, 2013. DOI: 10.17851/2317-2096.23.2.119-127. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/18540. Acesso em: 18 abr. 2022.

SANTOS, J. L. S. de. Autobiografia às avessas: memórias do personagem Murau em Extinção – Uma derrocada, de Thomas Bernhard. Anais do SILEL. Volume 3, Número 1. Uberlândia: EDUFU, 2013. 

SANTOS, J. L. Z. dos; MAAS, W. P. Aspectos diluídos do Bildungsroman em Extinção – Uma derrocada, de Thomas Bernhard. Literatura e Sociedade, [S. l.], v. 23, n. 28, p. 246-262, 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ls/article/view/152446. Acesso em: 5 out. 2021.

SANTOS, J. L.; MAAS, W. Espectros da morte em duas narrativas de Thomas Bernhard: O náufrago e Árvores abatidas – uma provocação. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 22, n. 36, p. 257-272, 2019. DOI: 10.11606/1982-88372236257. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/151439. Acesso em: 5 out. 2021.

SANTOS, V. V. dos. O náufrago de Thomas Bernhard: vidas emparedadas. Revista Mosaicum, [S. l.], v. 6, n. 12, 2020. DOI: 10.26893/rm.v6i12.311. Disponível em: https://revistamosaicum.org/index.php/mosaicum/article/view/311. Acesso em: 5 out. 2021.

ZURBACH, C. Um teatro que leva em conta a história: Emmanuel Kant. Sinais de Cena, [S. l.], n. 1, p. 81–83, 2017. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/sdc/article/view/12340. Acesso em: 30 out. 2021.

Textos em revistas, blogs e jornais 

PÉCORA, Alcir. Mestres Antigos de Thomas Bernhard é uma joia febril e impiedosa. Caderno Ilustrada, Folha de São Paulo, 15 out. 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/11/mestres-antigos-de-thomas-bernhard-e-uma-joia-febril-e-impiedosa.shtml

BARILE, João Pombo. Enfim a biografia de Thomas Bernhard. Diversão, Magazine, Portal O TEMPO, 04 mar. 2006. Disponível em: https://www.otempo.com.br/diversao/magazine/enfim-a-biografia-de-thomas-bernhard-1.326983

GALINDO, Rogerio. No palco, Thomas Bernhard devassa a alma dos políticos. Notícias, Cultura, Jornal Plural, 22 out. 2020. Disponível em: https://www.plural.jor.br/noticias/cultura/o-presidente-thomas-bernhard/

RASCUNHO. Além da morte. Notícias, Rascunho, 11 jan. 2012. Disponível em: https://rascunho.com.br/noticias/alem-da-morte/

SIGNEU, Samir. Thomas Bernhard, o Struwwelpeter da literatura de língua alemã. Blog Temporal Editora, 25 fev. 2021. Disponível em: https://temporaleditora.com.br/blog/biografia/thomas-bernhard-o-struwwelpeter-da-literatura-de-lingua-alema

SUGAMOSTO, Alex. Thomas Bernhard e o monolito opaco do ódio, por Alex Sugamosto. Xanto, escamandro, 14 mai. 2005. Disponível em: https://escamandro.com/2020/05/14/xantothomas-bernhard-e-o-monolito-opaco-do-odio-por-alex-sugamosto/

SERRA, Joaquim. Sobre duas narrativas de Thomas Bernhard. Letras IN.VERSO e RE.VERSO, 31 mar. 2020. Disponível em: https://www.blogletras.com/2020/03/sobre-duas-narrativas-de-thomas-bernhard.html

TIBURI, Mária. Bernhard. Colunistas, Revista CULT, 4 JAN. 2014. Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/bernhard/

VIEIRA, Enio. Thomas Bernhard mostra como sentir vergonha do próprio país. Livros, Revista Bula, 20 set. 2021. Disponível em: https://www.revistabula.com/44209-thomas-bernhard-mostra-como-sentir-vergonha-do-proprio-pais/

XERXNESKY, A. Thomas Bernhard: repetição e aniquilação. Blog do IMS, São Paulo, 5/08/20213. https://blogdoims.com.br/thomas-bernhard-repeticao-e-aniquilacao-por-antonio-xerxenesky/