Verbete produzido por James Kovalski
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“Ein Mann, der die Wahrheit will, wird Gelehrter; ein Mann, der seine Subjektivität spielen lassen will, wird vielleicht Schriftsteller; was aber soll ein Mann tun, der etwas will, das dazwischen liegt?“
(Der Mann Ohne Eigenschaften, 1930)
“O homem que quer a verdade torna-se erudito; o homem que quer liberar sua subjetividade torna-se, talvez, escritor; mas o que fará um homem que quer qualquer coisa entre esses dois pólos?”
(O Homem Sem Qualidades, 1989. Tradução de Lya Luft e Carlos Abbenseth)
SOBRE O AUTOR
Mais conhecido por seu inacabado romance monumental O Homem Sem Qualidades [Der Mann Ohne Eigenschaften], o escritor austríaco Robert Musil também foi dramaturgo, ensaísta, contista e crítico. Com afeição especial pelo gênero do ensaio, onde sua produção foi prolífica através dos cadernos e diários que mantinha.
Nascido em 1880, em Klagenfurt, capital da Caríntia e importante centro da cultura eslovena na Áustria, Musil e sua família eram parte da então chamada burguesia culta, um tipo de classe média em ascensão durante o império e que tinha como característica uma certa busca pela distinção intelectual em um mundo cada vez mais moderno. Mais tarde, na pré-adolescência, Musil entraria para o colégio militar em Eisenstadt – experiência essa que viria a convergir em seu romance de estréia O Jovem Törless [Die Verwirrungen des Zöglings Törleß] lançado em 1906, sucesso de público e crítica – porém não deu sequência com carreira militar em virtude do ambiente considerado desagradável. Já no início da vida adulta, durante o dia a atenção de Musil era voltada para seu trabalho para as ciências exatas, fazia estágio em um laboratório de testes de materiais e durante a noite se dedicava à leitura de Nietzsche, Waldo, Dostoiévski e Mach.
Sua segunda empreitada literária Uniões [Vereinigungen] foi em 1911 e não obteve sucesso, lançando assim dúvidas sobre sua vida, carreira e finanças, parte essa que viria a ser um fator na vida do autor. Alguns anos mais tarde a eclosão da primeira guerra mobilizou quase toda a Europa e Musil não foi exceção, tendo participado da batalha de Insonzo na Itália e também em missões de resgate. Foi nesse período conturbado em que as mazelas pairavam por todo o continente e surgiam dúvidas e ideias sobre um futuro possível que Musil começa a idealizar seu romance O Homem Sem Qualidades, onde suas percepções e experiências intelectuais então desenvolveriam num estilo ensaístico dentro do romance. O ensaio, como gênero, é onde Musil deposita a questão que parece permear todas suas obras: a relação e aproximação do intelecto e conhecimento racional do mundo com o interior subjetivo, a alma e seus estados elevados. Esses temas, tão caros pro autor, o davam uma espécie de possibilidade de “olhar de fora” os círculos que participava, pois no meio de físicos e engenheiro, poderia ele ser o escritor, e nas cenas literárias, o físico racional, assim sendo cunhado por Kathrin Rosenfield como “engenheiro-poeta” (2022).
Entretanto, essa natureza central, isto é, no meio de duas coisas opostas, do autor viria a ser um revés em sua carreira. O crash de 1929 da bolsa americana afetou toda a Europa e também Musil direta e indiretamente, pois deixou de receber prêmio em dinheiro graças à insegurança econômica. O pior ainda estava por vir com a ascensão ao poder do partido nazista na alemanha e a primeira parte do Homem Sem Qualidades sendo colocada na lista negra. Foi apenas graças aos mecenas que Musil e sua esposa conseguiram se manter financeiramente, com o autor dando continuidade ao romance. Porém, para sua infelicidade, ao adotar um discurso defensor da arte contra totalitarismos da Alemanha e da Rússia, Musil ganha a reprovação de artistas da esquerda política através de uma campanha de difamação.
Tempos mais sombrios chegaram através do nazismo e seus horrores. Musil se encontrava sozinho e sem dinheiro, pois os antigos mecenas agora não tinham mais fortunas e seus livros eram proibidos de circular. O autor junto de sua esposa parte para Suíça após a anexação da Áustria. Os últimos anos de Musil na Suíça foram preenchidos de insegurança, pobreza, solidão e doença, porém ele continuava escrevendo.
Robert Musil morreu em decorrência de um AVC em 14 de abril de 1942, sem conseguir terminar O Homem Sem Qualidades. Suas obras foram recuperadas nos anos 70, onde receberam traduções para o inglês, espanhol, francês, italiano e português. No entanto, seus ensaios ainda não são tão difundidos quanto seu trabalho de ficção e seus dois únicos textos dramáticos até hoje não foram traduzidos e publicados no Brasil.
OS ENTUSIASTAS [DIE SCHWÄRMER]
Quatro amigos de longa data se vêem em uma rede amorosa e ideologicamente complexa. Thomas, um cientista e professor, do tipo intelectual que acaba por racionalizar tudo, é casado com Maria, uma confiante e bonita mulher. Thomas é amigo de Anselm, seu oposto, um sujeito que larga os estudos e se encontra numa busca incessante por um estado elevado da própria alma através de seus discursos inflamados e atitudes impensadas, e Anselm é amante de Regine, irmã mais nova de Maria. Regine é uma mulher que busca através de relações adúlteras a experiência emocional arrebatadora que sentira durante o casamento com seu primeiro marido, Josef, agora morto.
Esses quatro amigos agora estão reunidos e se confrontam ideologicamente através da peça, onde meditam sobre suas próprias vidas e os rumos que tomaram, sendo Thomas e Maria agora um casal insosso e emocionalmente distante um do outro, enquanto Regine e Anselm tem de lidar cada um com as consequências de seu comportamento problemático. A peça recebeu em 1923 o prêmio Kleist, porém a estréia só veio em 1929, em uma montagem não autorizada e com duros cortes de textos. Considerado um fracasso, o evento ficou conhecido como Der Schwärmerskandal [O Escândalo d’Os Entusiastas].
TRECHO TRADUZIDO
Os Entusiastas [Die Schwärmer]
MUSIL, Robert. Die Schwärmer. Dresden: Sybillen Verlag, 1921.
Thomas sieht hinter Regine drein, macht einige Schritte ihr nach; da sie aber langsam, ohne es zu bemerken, mit Fräulein Mertens dem Ausgang zuschreitet, kehrt er um und folgt unwillig Maria.
Fräulein Mertens an der Tür stehen bleibend: Sie sind im Recht, Sie dürfen sich durch nichts ins Unrecht setzen lassen. Verhindern Sie dieses Fest!
Regine: Thomas ist nicht zu hindern, wenn er sich etwas in den Kopf setzt.
Fräulein Mertens: Dann lassen Sie uns weiter fliehn!
Regine: Thomas hat seine ganze Existenz für Anselm eingesetzt.
Fräulein Mertens: Und ist dieser wunderbare Mensch nicht viel mehr wert?! Aber Doktor Thomas wird Ihre Sache verderben. Ich beschwöre Sie, entziehen Sie sich seinem Einfluß; reisen wir mit Anselm weiter!
Regine: Anselm will nicht abreisen.
Fräulein Mertens: Ich verstehe; ein Ehrenmann; will nicht fliehn. So wird er selbst mit Exzellenz Josef sprechen; er hat ja in so bezauberndem Maße die Gabe der Rede.
Regine: Wozu? Es ist ja ausgeschlossen, daß ich Anselm heirate.
Fräulein Mertens: Aber wie mutlos! Merken Sie denn nicht, daß Doktor Anselm sich bloß deshalb geweigert hat, mit Exzellenz Josef zu sprechen, weil er durch Ihren Vetter Thomas verletzt ist? Doktor Thomas durchkältet alles mit seinen theoretischen Überlegungen.
Regine geheimnisvoll: Aber Liebe, merken Sie denn nichts? Merken Sie denn gar nichts?
Fräulein Mertens: Was sollte ich merken?
Regine: St! Leise! Sie beugt sich vorsichtig aus dem Fenster, um nachzusehn, ob Anselm nicht horcht. Oh, man ist nie sicher vor ihm ..: Merken Sie denn nicht, daß Anselm Maria liebt?
Fräulein Mertens: Aber das ist ja Verbrechen, was Sie sagen! Ihre Frau Schwester! Die Frau seines einzigen Freundes! Nein, nein, – faßt sie am Arm – Regine! Ach, diese dummen, dummen Einbildungen, so klug Sie sonst sind!
Regine: Aber warum nicht? Was wäre dabei?
Fräulein Mertens: Was wäre dabei?! Sprechen Sie nicht so abscheulich!
Regine: Sie überschätzen das rasend: Vor ihm steht ein neuer Mensch: er ist neugierig; vielleicht … ergriffen. Aber was sage ich ein neuer Mensch? Zufällig hat nicht er, sondern Thomas Maria geheiratet.
Fräulein Mertens die Entrüstung fallen lassend: Ich dachte, fast zufällig hätten Sie damals Johannes und nicht ihn geheiratet?
Regine: Oder nicht Thomas, das war bei uns fast alles eins. Nun sieht er in seinem eigenen Anzug, den er weggegeben hat, einen andren Menschen gehn: das ist geheimnisvoll. Das ist doch überhaupt nicht so eine dumme Geschichte, die mit einem Weib anfängt, sondern das fängt bei ihm irgendwo an und tobt sich nur bei einer Frau aus! – Ja! Doch! – Liebe ist gar nie Liebe! Ein körperlich Antreffen von Phantasien ist es! Ein Phantastisch werden von – wie ihre Augen, nach einem Vergleich suchend, wandern – Stühlen … Vorhängen … Bäumen … Mit einem Menschen als Mittelpunkt!
Fräulein Mertens: Oh, kommen Sie, kommen Sie! Um Doktor Thomas herrscht eine Atmosphäre, die Ihnen schlecht tut. Wir wollen vor dem Frühstück noch ein wenig ins Freie. Sie zieht die unlustig Widerstrebende mit sich. In der Nähe der Ausgangstür – das Gespräch hatte sie wieder ins Zimmer zurückgeführt – noch einmal stehenbleibend. Und Frau Maria?
Regine: Meine Schwester ist eine dicke dumme Katze, die einen Buckel macht, wenn man sie kraut.
Ab. In der Tür lassen sie ein Hausmädchen an sich vorbei, das ein Frühstücksbrett abstellt, an der Schlafzimmertür pocht und wieder das Zimmer verläßt, während Thomas und Maria eintreten.
Thomas am Fenster tief Atem schöpfend: Ich wachte auf, wollte mit dir sprechen, machte Licht: da lagst du mit offenem Mund, weggesunken …
Maria: Du bist abscheulich; warum hast du mich nicht geweckt?
Beide beginnen ihre Toilette zu vollenden.
Thomas: Ja, warum? Weil ich mich beinahe aufgekniet hätte wie ein Einsiedler! So häßlich und stumm lag dein großer Körper da. Er rührte mich so.
Maria: Ich darf nicht einmal mehr ruhig schlafen.
Thomas: Wenn man nie allein ist –
Maria: Und jahrelang verheiratet ist: ja, ja ja! Ich halte das wirklich nicht mehr aus!
Thomas: Wenn man solang verheiratet ist und immer auf vier Füßen geht und immer Doppelatemzüge macht und jede Gedankenstrecke zweimal geht und die Zeit zwischen den Hauptsachen doppelt voll mit Nebensachen geräumt ist: Da sehnt man sich natürlich manchmal wie ein Pfeil nach einem ganz luftdünnen Raum. Und fährt auf in der Nacht, erschreckt von den eignen Atemzügen, die eben noch so gleichmäßig dahingegangen waren ohne einen selbst. Aber hebt sich nicht los. Kniet sich nicht einmal wirklich auf. Sondern reibt ein Zündholz an. Und da liegt noch so einer in Fleisch gewickelt. Das erst ist Liebe.
Maria hält sich die Ohren zu: Ich kann das nicht mehr hören.
Thomas: Empfindest du denn niemals Haß gegen mich?
Maria läßt sofort die Hände wieder sinken: Ich? Haß?
Thomas: Ja, geradezu Haß. Ich würde glauben, heute morgen. Du gingst bloßfüßig mit deinem ganzen Gewicht und ich stand da, klein und schmerzend in der Öffnung des Raums und meine Bartstoppeln ragten scharf brüchig in die Passage. Hast du mich da nicht gehaßt wie ein Messer, das dir immerzu im Weg liegt?
Maria schmerzlich ruhig und überzeugt: Das ist das Ende der Liebe.
Thomas jubelnd: Nein! Der wahre Anfang! So versteh doch: Liebe ist das einzige, was es zwischen Mann und Frau überhaupt nicht gibt! Als einen eigenen Zustand. Das wirkliche Erlebnis ist einfach: ein Erwachen. Lebhaft. Ich habe dich neben mir aufwachsen gesehn: brüderlich, aber natürlich nicht ganz mit der Teilnahme wie für mich selbst. Dann habe ich dich, verzeih den Ausdruck, – er deutet mit einer spöttischen Gebärde ihre Hoheit an – immer weiter wachsen gesehn. Über mich hinaus. Und einmal passiertest du den Augenblick, da erschienst du mir so übergroß und unermeßlich wie die Welt. Das war der Blitzschlag, der Rausch. Alles, was mich umspannte, Wolken, Menschen, Pläne, war noch einmal von dir umspannt, so wie man den Herzschlag des Kindes unter dem der Mutter hört. Das Wunder der Öffnung und Vereinigung hatte sich vollzogen. Abschwächend. Oder wie immer diese Terminologie es ausdrückt.
Maria: Und heute ist es, wie wenn wir im Rinnstein geträumt hätten.
Thomas: Wenn du willst, ja. Wir erwachen noch einmal und liegen im Rinnstein. Fettmassen, Skelette; eingenäht in einen gefühlsundurchlässigen Ledersack von Haut. Die Ekstase verraucht. Aber es wird das sein, was wir daraus machen. Die wahre menschliche Herbheit liegt erst darin, alles andre ist ja doch eine verkleinernde Übertreibung.
Maria: Ich wollte nichts als deinen Erfolg. Wenn du, müde von zuviel Arbeit, erst um zwei Uhr, drei Uhr morgens ins Schlafzimmer kamst, mürrisch wie ein Kind, verstand ich dich. Was du getan hast, wußte ich nicht, aber es war mein Glück, mein Wert als Mensch; ich konnte sicher sein, dieses Unbekannte war ich. Aber jetzt ist es anders. Du hast dich losgemacht von mir.
Thomas: Weil ich nicht sehen kann, wie du in die Honigfalle kriechst!
Maria: Wie du sprichst!
Thomas: Er umschmeichelt dich. Weil er eitel ist und sich nicht versagen kann, von dir dankbar bewundert zu werden.
Maria: Seine Übertreibungen sind mir oft geradezu unheimlich.
Thomas: Aber du läßt dich von diesem widrig süßen Zeug beeinflussen.
Maria: Ich bin keine solche Gans, die immer nur »Liebe«, »Liebe« schnattert! Aber glaubst du nicht, daß auch ich manchmal das Gefühl habe, man sollte Besseres mit sich anfangen als dieses eingelebte Leben?!
Thomas: Seit Anselm hier ist. Er hindert dich, mich zu verstehn.
Maria sich zusammennehmend, geht zu ihm: Aber du, du selbst hast von ihm geschwärmt, bevor er kam; und noch, als er da war! Du hast gesagt, er hat, was uns fehlt!
Thomas: Und was ist das?
Maria: Frag doch nicht; mir hat nichts gefehlt. Aber jetzt, nur weil dir etwas durch den Kopf gefahren ist, willst du ihn durchaus wieder schlecht machen; rein als Kraftprobe, so bist du eben.
Thomas: Sag’ es nur, wie ich bin.
Maria: Ohne lebendige Anteilnahme an einem andren bist du. All das kommt dir gar nicht aus dem Herzen – das ist das Entmutigende!
Thomas: Sondern aus dem Kopf?
Mariaaufgeregt: Aber ich kann dieses ewige »tätig sein« und Spielen mit der ganzen Existenz wirklich nicht mehr aushalten! Ist denn nichts wert, anerkannt und in Ruhe gelassen zu werden?!
Thomas: Da wiederholst du eben nur – Aber ich kann dir jetzt nicht antworten, Seine Heiligkeit ist da! Anselm, bis zur Brust sichtbar, ist in der Fensteröffnung aufgetaucht.
Anselm: Wie haben Sie heute geschlafen?
Maria unfreundlich: Wie zeremoniös Sie fragen!
Anselm: Sie müssen wie die Erde selbst schlafen.
Maria: So fest oder immer nur auf einem Auge, meinen Sie?
Anselm: Ich denke mir, daß ein Kranz grüner Berge um Sie wächst, wenn Sie ruhig liegen.
Es entsteht eine kleine Verlegenheitspause.
Maria: Thomas hat mich gestört, er war schrecklich unruhig heute. Sie wird verlegen. Nein – daß heißt – – nun warum soll man so etwas denn schließlich nicht sagen?!
Anselm ironisch: Aber natürlich, warum nicht …? Was ist, soll man sagen!
Thomas: Und was denkst du wegen Josef?
Maria: Regine wird ihm doch noch gar nicht den Brief gezeigt haben.
Anselm: Nein. Ich habe Regine noch nicht gesprochen.
Thomas: Sie kann nicht weit sein. Es hat sie sehr aufgeregt.
Maria da Anselm zögernd Miene macht, sich zurückzuziehen: Nein, da. Ich habe ja den Brief. Erst müssen Sie natürlich lesen. Sie gibt Anselm den Brief. Thomas bleibt bei offener Tür eine Weile im Schlafzimmer. Anselm hört sofort auf zu lesen und starrt Maria an.
Maria: So lesen Sie doch.
Anselm klettert durchs Fenster ins Zimmer.
Anselm: Haben Sie nie geträumt, daß ein Mensch, den Sie zärtlich bis ins Letzte kannten, Ihnen im Traum als fremder andrer entgegentrat, bis in die kleinste Gebärde marternd vermengt aus Verlangen und Besitz?
Maria: Was dann geschieht, ist unruhig wie ein Haufen Laub, unter dem etwas versteckt ist, das in jedem Augenblick aufspringen kann?
Anselm: Nun gut, Maria; ich war früher Ihr Freund, als Sie das Mädchen Maria waren, und nun leben Sie unter dem Namen Thomas’ und ich kann nicht aufspringen.
Maria: Aber Sie betrachten sich ja fortwährend im Spiegel dabei!
Anselm ertappt: Glauben Sie denn, daß ich mich sehe? Gott ja, so einen Fleck im Spiegel. Augen sind Hände, die man lebenslang nicht wäscht; so behalten sie die schmutzige Gewohnheit, alles anzurühren. Das kann man nicht hindern. Manchmal möchte ich sie mir ausglühen, damit sie, von allen Berührungen gereinigt, nur noch Ihr Bild bewahren.
Maria: Gott, Gott, Gott, Anselm!
Anselm: Ja, das finden Sie lächerlich; weil Sie es für eine Übertreibung halten, die der gute geistige Geschmack meidet. Auch so ein anmaßender Wächter. Wie blaß würde dieser durchgeistigte Geschmack, wenn die Augen plötzlich wirklich am glühenden Stahl naß aufzischen würden? Und triefend austropfen?!
Maria: Pfui! Wühlen Sie sich nicht wieder in diese ekelhaften Bilder hinein!
Anselm heftig: Unerbittlich würde ich ein Messer auch Ihnen im Herz umdrehn! Wenn ich Sie von der Schwelle nur noch einmal zurückholen könnte. Wo die Frauen ihr Korsett ablegen müssen. Die erborgte »Haltung«. Die Tragtierverständigkeit, auf die sie alles nehmen, Kinder und Kranke, Männer und den gedankenlosen Mord in der Küche.
Maria: Nun fangen Sie aber endlich zu lesen an! Wir haben wahrhaftig Dringenderes zu sprechen.
Anselm durch ihre Entschiedenheit besänftigt: Oh, es ist so herrlich, daß Sie mich nie überraschen können. Ich weiß alles voraus, was Sie tun werden. Als schmerzlich gespannte Knospe fühle ich es vorher in mir.
Maria: Natürlich, die paar Einfälle eines Hausverstandes sind leicht zu erraten!
Anselm: Ich will keine ungewöhnlichen Erlebnisse! Die täglichen Menschenerlebnisse sind die tiefsten, wenn man sie von der Gewohnheit befreit. Leise. Das ist es, was er nicht weiß. Und Sie kennen sich selbst nicht mehr. Sein Einfluß hat Sie verkleinert.
Maria: Ich habe Ihnen schon darauf geantwortet: Ich liebe Thomas.
Anselm: Ich frage nicht, ob Sie ihn lieben; darauf gibt es gar keine Antwort! … Sich zusammennehmend. Entscheiden Sie, ob es das ist, was ich Ihnen jetzt erzählen werde. Ich wurde einmal von einer Weide –: ergriffen. Auf einer weiten Wiese und außer mir stand nur dieser Baum. Und ich konnte mich kaum aufrecht erhalten, denn was sich in diesen Ästen so einsam verzerrt und verknotet hatte, diesen gleichen schrecklichen Strom Lebens, fühlte ich in mir noch warm und weich und er wand sich. Da warf ich mich auf die Knie! Er wartet vergeblich einen Augenblick auf die Wirkung. Das ist das ganze Erlebnis. Auch Ihnen gegenüber.
Maria: Anselm … solche Übertreibungen haben wenig Wert. Sie haben das empfunden; aber nicht einmal hingeworfen haben Sie sich wirklich.
Anselm: Nein? …! Thomas hat wahrhaftig alle Tiefe in Ihnen zerstört.
Maria: Sie benehmen sich häßlich gegen mich und Regine.
Anselm: Wer, wie Sie, nicht mehr hingeworfen wird, sollte nicht tadeln! Ich habe alles, was ich im Leben hätte erreichen können, immer wieder preisgeben müssen. Weil man stolpert, wenn man glaubt. Aber weil man nur so lange lebt, als man glaubt!!
Maria ängstlich und unruhig: Lesen Sie; Thomas will doch mit Ihnen sprechen.
Anselm: Ich werde Ihnen lieber noch ein Beispiel erzählen: Als ich Mönch war –
Maria: Wie? Sie waren Mönch?
Anselm: Still!! Das darf Thomas unter keinen Umständen wissen!
Maria: Aber Anselm, jetzt erzählen Sie mir eine Unwahrheit.
Anselm: Ihnen werde ich nie eine Unwahrheit erzählen. In Kleinasien war es, am Berg Akusios. Durch ein kleines, ohne Glas in die Mauer geschnittenes Fenster sah ich von meiner Zelle das Meer –
Maria abwehrend: Lesen Sie! Lesen Sie!
Anselm will nicht, aber man hört Thomas sich nähern und Anselm sieht in den Brief.
Maria: Was Sie alles in der Zeit getan haben mögen, während wir hier gesessen sind.
Sie nimmt ihre Beschäftigung wieder auf. Thomas tritt ein.
Thomas: Du bist noch nicht zu Ende?
Thomas segue Regine com os olhos e dá alguns passos atrás dela; mas como ela caminha devagar em direção à saída, sem perceber que a Srta. Mertens a acompanha, ele se volta e, a contragosto, segue Maria.
Srta. Mertens (parando na porta): Você está certa, não deixe que tirem a sua razão. Evite esse jantar!
Regine: Não dá para parar o Thomas quando ele põe uma ideia na cabeça.
Srta. Mertens: Então vamos continuar com nosso plano de fuga!
Regine: Thomas dedicou toda a sua existência a Anselmo.
Srta. Mertens: E não é que essa pessoa maravilhosa vale muito mais?! Mas o doutor Thomas vai estragar tudo. Eu imploro que se afaste da influência dele; vamos continuar a viagem com Anselmo!
Regine: Anselmo não quer ir embora.
Srta. Mertens: Entendo, é um homem honrado que não quer fugir. Então ele mesmo falará com o excelentíssimo Josef; já que ele tem um dom tão esplêndido com as palavras.
Regine: Mas para quê? Já está fora de questão eu me casar com Anselmo mesmo.
Srta. Mertens: Mas que falta de ânimo! Você não percebe que o senhor Anselmo se recusou a falar com o excelentíssimo Josef só porque ficou magoado com seu primo Thomas? O doutor Thomas deixa tudo frio com suas reflexões teóricas.
Regine (misteriosa): Mas querida, você não está percebendo nada? Nada mesmo?
Srta. Mertens: O que deveria perceber?
Regine: Shh! Silêncio! (inclina-se com cuidado para fora da janela para ver se Anselmo não está ouvindo). Com ele a gente nunca sabe..: Não está percebendo que o Anselmo ama a Maria?
Srta. Mertens: Mas isso é um absurdo! O que você está dizendo? É a sua irmã! Além disso, é a mulher do único amigo dele! Não, não (agarra-a pelo braço) Regine! Mas que tolices, que ideias tão tolas pra alguém tão inteligente!
Regine: Mas por que não? Qual seria o problema?
Fräulein Mertens: Qual problema?! Não fale de um modo tão horrível assim!
Regine: Mas que exagero: Há uma nova pessoa diante dele: está curioso; quem sabe … impactado. Mas o que estou dizendo, uma nova pessoa? Foi por acaso que não foi ele, mas o Thomas que se casou com Maria.
Srta. Mertens (diminui sua indignação): Eu achava que foi por acaso que você se casou com Johannes, e não com ele.
Regine: E nem com Thomas, naquela época era indiferente para nós. Agora ele vê outro homem andando por aí com o terno que deveria ser dele: isso é misterioso. Isso não é uma dessas histórias bobas que começam com uma mulher, mas essa história começa com ele mesmo e a mulher é só o meio dele se resolver! – Sim! É isso! – O amor nunca é amor! É um encontro corporal de fantasias! Tudo se torna fantástico – enquanto seus olhos vagueiam em busca de uma comparação – Cadeiras … Cortinas … Árvores … Com uma pessoa no centro!
Fräulein Mertens: Chega, chega, por favor! Tem uma atmosfera em volta do Dr. Thomas que é ruim para você. Queremos partir um pouco antes do café da manhã (ela puxa a garota relutante com ela. Perto da porta de saída – a conversa a havia levado de volta à sala – ela para mais uma vez). E a Sra. Maria?
Regine: Minha irmã é uma gata gorda e burra que se encolhe toda quando recebe carinho nas costas.
Saem. Elas deixam a empregada passar por elas na porta, que deixa uma bandeja de café da manhã, bate na porta do quarto e sai novamente quando Thomas e Maria entram.
Thomas na janela, respirando fundo: Eu acordei, queria falar com você, acendi a luz: lá estava você, deitada com a boca aberta, como uma pedra …
Maria: Você é terrível; por que não me acordou?
Ambos começam sua higiene matinal.
Thomas: Bom, por quê? Porque eu quase me curvei como um monge! Seu corpo grande estava ali, tão feio e quieto. Isso mexeu comigo.
Maria: Não posso mais nem dormir em paz.
Thomas: Quando nunca se está sozinho –
Maria: E casado por anos: sim, sim, sim! Realmente não aguento mais.
Thomas: Quando você está casado há tanto tempo e sempre anda sobre quatro pés e sempre respira duas vezes e percorre cada pensamento duas vezes e o tempo entre as coisas principais é preenchido duplamente com coisas secundárias: às vezes, é claro, anseia-se como uma flecha pelo vácuo. E acorda de noite, assustado com a própria respiração, que há pouco ainda se movia tão regular, por conta própria. Mas não levanta. Nem ao menos se ajoelha. Em vez disso, risca um fósforo. E ali está jogado mais alguém, envolvido em carne. Isso que é o amor.
Maria tapa os ouvidos: Não consigo mais ouvir isso.
Thomas: Você nunca sente ódio de mim?
Maria (imediatamente abaixa as mãos): Eu? Ódio?
Thomas: Sim, ódio puro e simples. Eu diria que talvez hoje de manhã. Você andou descalça com todo seu peso e eu parado ali, pequeno e dolorido, na porta do quarto, com a minha barba pontuda e quebradiça na passagem?. Neste momento, não me odiou como uma pedra que não sai do seu caminho?
Maria (dolorosamente calma e convencida): Isso é o fim do amor.
Thomas (alegre): Não! O verdadeiro começo! Então entenda: o amor é a única coisa que não existe entre homem e mulher! Como uma condição própria. A experiência real é simples: um despertar. (vívido). Vi você crescer ao meu lado: como um irmão, mas é claro que não tão envolvido quanto eu comigo mesmo. Depois, eu a vi, perdoe a expressão – faz uma alusão ao tamanho dela com um gesto sarcástico – crescer cada vez mais. Além de mim. E uma vez houve um momento em que você me pareceu tão vasta e imensurável quanto o mundo. Esse foi o estalo, o êxtase. Tudo o que me cercava, nuvens, pessoas, planos, foi mais uma vez envolvido por você, assim você ouve o batimento do coração de uma criança sob o de sua mãe. O milagre da abertura e união tinha acontecido. (atenuando). Ou como quer que essa terminologia expresse isso.
Maria: E hoje é como se estivéssemos sonhando na sarjeta.
Thomas: Se você quiser, sim. Voltamos a acordar e nos deitamos na sarjeta. Massas de gordura, esqueletos ,costurados em um saco de pele sem sentimentos. O êxtase se dissipa. Mas será o que quisermos que seja. É aí que está o verdadeiro amargor humano, todo o resto é um exagero depreciativo.
Maria: Eu não queria nada além do seu sucesso. Quando você, cansado de tanto trabalhar, entrava no quarto às duas ou três da manhã, birrento como uma criança, eu te entendia. Eu não sabia o que havia feito, mas era a minha felicidade, meu valor como pessoa. Eu podia ter certeza de que essa incógnita era eu. Mas agora é diferente. Você se afastou de mim.
Thomas: Porque não consigo ver como você se rasteja para a armadilha de mel.
Maria: Olha como fala!
Thomas: Ele te envolve. Porque ele é vaidoso e não pode negar a si mesmo a oportunidade de ficar sem sua admiração.
Maria: Os exageros dele são assustadores para mim na maioria das vezes.
Thomas: Mas você se deixa levar por essa coisa doce demais.
Maria: Eu não sou como um ganso que está sempre grasnando “Amor”, “Amor”! Mas você não acha que às vezes eu também sinto que há coisas melhores do que viver essa vida acomodada?!
Thomas: Desde que Anselmo está aqui. Ele a impede de me entender.
Maria (se recompõe e vai até ele): Mas você, você mesmo falou muito bem dele antes dele chegar. E mesmo quando ele já estava aqui! Você disse que ele tem o que nos falta!
Thomas: E o que é?
Maria: Não pergunte; não me falta nada. Mas agora, só porque algo passou pela sua cabeça, você quer falar mal dele novamente; simplesmente um teste, é assim que você é.
Thomas: Apenas diga como sou.
Maria: Sem interesse real pelo outro. Nada disso vem do seu coração – e isso é o mais assustador!
Thomas: Mas da sua cabeça?
Maria(exaltada): Mas eu não aguento mais esse eterno “ser ativo” e brincar com toda a existência! Será que nada merece ser reconhecido e deixado em paz?
Thomas: Você está apenas se repetindo – Mas não posso te responder agora, Sua Santidade está aqui!
Anselmo, visível do peito para cima, aparece na janela.
Anselmo: Como você dormiu hoje?
Maria (antipática): Mas que cheio de cerimônia,
Anselmo: Você deve dormir como a própria Terra.
Maria: Você quis dizer bem ou com um olho aberto?
Anselmo: Eu imagino que uma coroa de montanhas verdes cresce ao seu redor quando você se deita
Uma pequena pausa de constrangimento.
Maria: Thomas me incomodou, ele estava muito inquieto hoje. (ela fica constrangida) Não – isso significa – – bem, afinal de contas, por que não deveria dizer algo assim?!
Anselmo (irônico): Mas é claro, por que não…? O que é, deve ser assim dito!
Thomas: E o que você acha do Josef?
Maria: Regine não deve ter mostrado a carta para ele ainda.
Anselmo: Não. Ainda não falei com Regine.
Thomas: Ela não deve estar longe. Ela estava muito agitada.
Maria (enquanto Anselmo faz uma expressão hesitante para se retirar): Não, calma. Tenho a carta. Você precisa ler primeiro, é claro. (Ela entrega a carta para Anselmo. Thomas fica no quarto por um tempo com a porta aberta. Anselmo para de ler imediatamente e olha para Maria).
Maria: Então leia.
Anselmo entra na sala pela janela.
Anselmo: Nunca sonhou que uma pessoa que você conhece até o último detalhe a confronta, como se fosse um estranho, misturando até o último gesto desejo e posse?
Maria: O que acontece então é inquietante, como uma pilha de folhas em que algo está escondido e que pode aparecer de repente?
Anselmo: Muito bem, Maria; Eu era seu amigo antes, quando você era a menina Maria, mas agora você vive com o sobrenome de Thomas e eu não posso aparecer.
Maria: Mas você está sempre se olhando no espelho!
Anselmo (indignado): Você acha que eu consigo me ver? Meu Deus, que mancha no espelho. Os olhos são como mãos que você não lava pelo resto da vida, então eles mantêm o hábito sujo de tocar tudo. Não tem como parar. Às vezes, tenho vontade de queimá-los para que, limpos de qualquer toque, contenham apenas a sua imagem.
Maria: Deus, Deus, Deus, Anselmo!
Anselmo: Sim, você acha isso ridículo, porque considera um exagero que o bom gosto intelectual evita. Mais um guardião pretensioso. Quão pálido se tornaria esse gosto espiritual se seus olhos, de repente, sibilassem úmidos para o aço incandescente? Pingando até secar?
Maria: Ugh! Não traga à tona essas imagens horríveis de novo!
Anselmo (feroz): Eu enfiaria uma faca sem piedade em seu coração! Se ao menos pudesse resgatá-la da soleira só mais uma vez. Onde as mulheres têm de tirar seus espartilhos. A “atitude” emprestada. A capacidade de compreensão de um animal de carga, com qual elas aceitam tudo, crianças e doentes, homens e o assassinato irracional na cozinha.
Maria: Agora, comece a ler de uma vez! Nós temos assuntos mais urgentes para discutir.
Anselmo (se acalma com a determinação dela): Ah, é tão maravilhoso que você nunca consegue me surpreender. Eu sei de antemão o que vai fazer. Como um broto ansioso e aflito, sinto isso em mim.
Maria: É óbvio que adivinhar algumas ideias de senso comum é fácil
Anselm: Não quero nenhuma experiência incomum! As experiências humanas cotidianas são as mais profundas quando você as liberta do hábito. (silencioso) É isso que ele não sabe. E você não conhece mais a si mesma. A influência dele reduziu você.
Maria: Já respondi você: Eu amo Thomas
Anselmo: Não estou perguntando se você o ama; não tem resposta para isso! … (se recompondo) Veja se é isso o que vou te contar agora. Uma vez, fui agarrado por um salgueiro -: Em um amplo prado e, além de mim, havia apenas essa árvore. E eu mal conseguia me manter em pé, porque o que havia se torcido de forma tão solitária nesses ramos, essa mesma corrente terrível de vida, eu sentia ainda quente e suave, se contorcendo dentro de mim. Então me joguei de joelhos! (ele espera em vão por um momento de efeito) Essa é a experiência completa. Também para você.
Maria: Anselmo … Esses exageros têm pouco valor. Você sentiu isso, mas nem ao menos se jogou ao chão de verdade.
Anselmo: Não? …! Thomas realmente destruiu toda sua profundidade.
Maria: Você está agindo mal comigo e com Regine. Anselmo: Aqueles que, como você, não se abatem, não podem ser culpados! Eu sempre tive que desistir de tudo o que poderia ter alcançado na vida. Porque você tropeça quando acredita. Mas só continua vivendo porque acredita.
Maria (ansiosa e inquieta): Leia; Thomas quer conversar com você.
Anselmo: Prefiro te contar outro exemplo: Quando eu era um monge –
Maria: Como? Você era um monge?
Anselmo: Silêncio!! Thomas não pode saber disso de jeito nenhum!
Maria: Mas Anselmo, agora você está me contando uma mentira.
Anselmo: Jamais mentiria para você. Foi na Ásia Menor, no Monte Akusios. Por uma pequena janela sem vidros cortada na parede, podia ver o mar da minha cela
Maria (defensiva): Leia! Leia!
Anselmo não quer, mas se pode ouvir Thomas se aproximando e Anselmo olha para a carta
Maria: Todas as coisas que você podia ter feito enquanto nós estávamos sentados aqui.
Ela retorna às suas atividades. Thomas entra
Thomas: Você ainda não terminou?
ALGUMAS OBRAS:
*Os títulos em português, indicados entre os colchetes, são de autoria própria e de caráter provisório e informativo ao público lusófono, especialmente o Brasileiro, portanto não se tratam de propostas de tradução para publicações, mas meras aproximações ao alemão. Obras já traduzidas e publicadas no Brasil podem ser encontradas na seção RECEPÇÃO NO BRASIL, na subseção de traduções.
Die Verwirrungen des Zöglings Törleß [As Confusões do Aluno Törless]. Viena e Leipzig: Wiener Verlag, 1906;
Vereinigungen [Organizações]. Munique: Georg Müller Verlag, 1911
Die Schwärmer [Os Entusiastas]. Dresden: Sybillen Verlag, 1921.
Vinzenz und die Freundin bedeutender Männer [Vinzenz e a Amiga de Homens Importantes] Berlim: Ernst Rowohlt Verlag, 1924.
Drei Frauen [Três Mulheres]. Berlim: Rowolht Verlag, 1924)
Nachlaß zu Lebzeiten [Escritos Póstumos em Vida ]. Zurique: Humanitas Verlag, 1936
Über die Dummheit [Sobre a Estupidez]. Viena: Bermann-Fischer Verlag, 1937
Der Mann ohne Eigenschaften [O Homem Sem Características]. Berlim: Rowohlt Verlag, 1930
RECEPÇÃO NO BRASIL:
Traduções de obras do autor:
O Jovem Törless [Die Verwirrungen des Zöglings Törleß].Tradução: Lya Luft. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
Três Mulheres [Drei Frauen]. Tradução: Lya Luft. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983
O Homem Sem Qualidades [Der Mann Ohne Eigenschaften]. Tradução: Lya Luft e Carlos Abbenseth. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.
O Melro e Outros Escritos de Obra Póstuma Publicada em Vida [Nachlaß zu Lebzeiten]. Tradução: Nicolino Simone Neto. São Paulo: Nova Alexandria, 1996.
Sobre a Estupidez [Über die Dummheit]. Tradução: Simone Pereira Gonçalves. Belo Horizonte: Editora Âyiné, 2016.
O Papel Mata-Moscas e Outros Textos. Tradução e Organização: Marcelo Backes. São Paulo: Carambaia, 2018.
Uniões [Vereinigungen]. Tradução: Kathrin H. Rosenfield e Lawrence Flores Pereira. São Paulo: Perspectiva, 2018.
Livros publicados ou traduzidos sobre o autor:
ROSENFIELD, Kathrin (Organização e Tradução) Ensaios de Robert Musil, 1900-1919. São Paulo: Perspectiva, 2022.
Monografias, teses e dissertações:
SILVA, Maria Divina Moreira dos Santos. O Jovem Törless – Romance de Formação Heterotopias. 2015. 117 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia – GO. Disponível em: https://tede2.pucgoias.edu.br/handle/tede/3583. Acesso em 26 jul. 2024
WAISBERG, Maria Thereza. O que eu me tornei para mim mesmo? o homem sem qualidades, e o caráter predatório da modernidade tardia. 2009. 419 f. Tese (Doutorado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo – SP. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-26082009-092643/pt-br.php. Acesso em 26 jul. 2024
BENITES, Laura Suzana de Souza. A Captura no Fantasma do Outro: Lacan Leitor de Musil. 2023. 42 f. Dissertação (Mestrado em Psicanálise) – Instituto de Psicologia, Serviço Social, Saúde e Comunicação Humana, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/265455 Acesso em 28 jul. 2024
PINTO, Ana Maria de Senzi Moraes. A construção do romance moderno de adolescência em Raul Pompéia e em Robert Musil: em busca de uma leitura didática. 2010. 137 f. Tese (Doutorado em Estudos Literários) – Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, Universidade Estadual de São Paulo, Araraquara – SP. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/items/7f0d45de-6943-489a-bd69-6093551c2eef. Acesso em 26 jul. 2024
QUINTALE NETO, Flávio. Ideias estéticas e filosóficas nos romances O Ateneu, de Raul Pompéia , e Die Verwirrungen des Zöglings Törless, de Robert Musil. 2007. 192 f. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada, Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária e Literatura Comparada, Universidade de São Paulo, São Paulo – SP. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-09102007-140707/pt-br.php. Acesso em 26 jul. 2024
BANDIM, Igor Andreas Rodrigues. As Dimensões do Ensaio: forma, ética e conhecimento em O homem sem qualidades e no Livro do desassossego. 2019. 318 f. Tese (Doutorado em Letras) – Centro de Artes e Comunicação, Departamento de Letras, Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Pernambuco, Recife – PE. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39495 Acesso em 28 jul. 2024
GARCIA E SOUZA, Bruno. Considere o Fracasso: Ensaio, ensaísmo em Robert Musil. 2017. 178 f. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós Graduação em História Social da Cultura, Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36295@1 Acesso em 26 jul. 2024
PACHECO JÚNIOR, Paulo Rogério. O um e o outro: uma retradução informada de A Portuguesa de Robert Musil. 2020. 145 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Literários) – Curso de Pós-Graduação em Letras, Setor de Ciências Humanas da Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/69761. Acesso em 28 jul. 2024
Artigos acadêmicos:
ROSENFIELD, Kathrin H. Freud e Musil – ou – psicanalista contra vontade . Pandaemonium Germanicum, São Paulo, Brasil, v. 15, n. 20, p. 78–117, 2012. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/53627. Acesso em: 28 jul. 2024.
CASTRO, Érica Gonçalves de. Sobre o ensaísmo de Robert Musil . Pandaemonium Germanicum, São Paulo, Brasil, n. 17, p. 103–117, 2011. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/38102. Acesso em: 28 jul. 2024.
