Verbete produzido por Maria Eduarda Ososki Nicolau

Clique aqui para acessar o material completo em pdf.

Ich glaube von jedem Menschen das Schlechteste, selbst von mir, und ich hab’ mich noch selten getäuscht. 

(Die beiden Nachtwandler oder Das Notwendige und das Überflüssige, 1836)

Acredito no pior de todos, até de mim mesmo, e raramente me enganei. 

(Os dois Sonâmbulos ou O Necessário e o Supérfluo, 1836)

Influenciador de gerações e gerações, mestre inspirador de grandes nomes como Elfriede Jelinek, Karl Kraus e Thomas Bernhard, Johann Nepomuk Eduard Ambrosius Nestroy foi um dos maiores nomes do teatro austríaco. Nestroy é tido como uma grande referência quando falamos em produção textual e dramatúrgica ou em destreza com as palavras e a língua. Sua obra está presente  até os tempos atuais em palcos de teatros por toda a Áustria e isso se dá desde o século XIX, quando Nestroy ainda atuava em suas próprias peças. A influência de Nestroy reverbera até hoje. Desde o ano 2000, há, na Áustria, um prêmio de teatro chamado Nestroy Preis (Prêmio Nestroy). 

Nascido em 1801 em Viena, Nestroy teve de ajudar a sustentar sua família muito cedo, já que o pai, funcionário público, empobreceu muito rápido. Dotado musical e intelectualmente, perdeu a mãe cedo, em 1813, e nunca se interessou pela vida acadêmica.  

Dramaturgo, cantor e ator, Nestroy marcou presença nos palcos austríacos por anos. Presença esta que não era bem quista por todos. Dono de humor ácido e crítico, era alvo da aversão da elite estética, que defendia a moral conservadora e os bons costumes. Por outro lado, comunicava e encantava as camadas mais simples da população vienense. Sua produção teatral é extensa: ele representou 850 papéis e escreveu 83 peças, destas, vinte entraram para o cânone literário. O humor nestroyano revirou a cena cômica de Viena. Os traços agressivos, grosseiros e atrevidos de suas peças pegaram o público de surpresa, mas logo ganharam seu apoio. Seu poder cômico, definido por Bernhard Gutt (1844) como “irresistível”, muitas vezes apreciado em palcos vienenses, desagradava, também, os ideais morais fora da Áustria. 

Fora dos palcos e longe da mesa onde escrevia suas peças, Nestroy era um homem tímido e educado, mas que não negava os prazeres mundanos. Era viciado em jogos de cartas e teve vários casos amorosos, destes, o mais famoso foi com Karoline Köfer, que manteve tudo registrado em cartas. No entanto, casou-se com Marie Weller, a quem se referia comumente como “a mulher”. 22 das personagens nestroyanas foram escritas para ela. Permaneceram casados até o fim da vida de Nestroy, que faleceu em 1862, vítima de um acidente vascular cerebral. 

As peças nestroyanas eram marcadas pelo uso peculiar que o autor fazia da língua. A presença da variante dialetal vienense era mais que comum nas falas das personagens. O contraste entre a forma dialetal e o alemão padrão agrega diversas camadas interpretativas ao texto e é, até hoje, um dos grandes motivos da escassez de traduções de suas obras. Vale ressaltar que a única peça traduzida para o português brasileiro é O cacique do Vento da Noite ou O festim abominável, traduzido por Celeste Aida Galeão e Walter Schorlies (Nestroy, 1990). Assim como em todas as peças de sua autoria, aqui também as personagens arquetípicas caçoam das características humanas, desde a elite até as classes baixas. O pessimismo nestroyano está estampado nas personagens que tiram vantagem a todo custo e acabam felizes para sempre, até o segundo ato. 

Não é possível mencionar estes traços da dramaturgia de Nestroy sem citar a peça Der böse Geist Lumpazivagabundus oder: Das liederliche Kleeblatt [O mau espírito Lumpazivagabundus ou O trevo libertino], de 1833, que foi sua primeira peça a ser apresentada no Burgtheater. Nesta peça, Nestroy mescla o mundo mágico das fadas e magos e o mundo dos mortais. Lumpazivagabundus levou filhos de magos para o mau caminho. Agora eles só querem saber de jogar, beber e transar. Essa confusão leva a uma aposta com a fada da sorte, Fortuna, que escolhe três homens para presentear com riqueza, acreditando que, assim, eles levariam vidas de trabalhadores honestos. Linha (Zwirn), Cola (Leim) e Remendão (Knieriem) ganham um prêmio na loteria e têm objetivos diversos. Cola quer conquistar sua amada Peppi, Linha quer conquistar todas as mulheres ricas do mundo e Remendão quer beber até o fim dos tempos. Um ano depois, Cola está junto de Peppi, enquanto Linha e Remendão esbanjam toda a fortuna. Um no mundo de aparências das classes mais altas, o outro nas tabernas. Cola continua tentando trazer seus companheiros para o bom caminho, mas não obtém sucesso. Surpreendentemente, Nestroy presenteia os dois com um final feliz. Eles encontram o amor, têm filhos e voltam para os eixos. O felizes para sempre, no entanto, não dura muito. No ano seguinte, 1834, Nestroy lançou uma peça mostrando as famílias Linha, Cola e Remendão vinte anos após os casamentos e os três já haviam reencontrado o mau caminho. 

PRODUÇÃO DRAMATÚRGICA

A obra nestroyana é extensa e pode ser classificada em períodos.

A classificação e descrições abaixo são de Zeyringer e Gollner (2019) e traduzido por Ruth Bohunovsky. 

1827 – 1834: Teatro de riso que segue as modas e os moldes já estabelecidos, sobretudo na forma popular das peças mágicas. Do ponto de vista social, mesmo o teatro de riso de Nestroy é maldoso. Paródias. 
A estreia de Nestroy na comédia abalou as estruturas de Viena. Um anticlássico e antirromântico na época do Romantismo de Goethe. Seus textos subversivos tinham como meta desrespeitar a seriedade e subverter os bons modos e valores da burguesia. Algumas peças deste período fazem parte do teatro mágico de Viena, no qual feiticeiros e fadas são personagens recorrentes. A última peça deste gênero foi Der böse Geist Lumpazivagabundus oder: Das liederliche Kleeblatt [O mau espírito Lumpazivagabundus ou O trevo libertino].

1835 – 1846: Sátiras e farsas sobre a sociedade. Nestroy abandona as peças mágicas e torna-se a estrela absoluta da comédia de Viena.

Neste período, não há mais fadas e magos, apenas seres terrestres. As sátiras sociais ficam mais claras e mostram a brutalidade dos mecanismos sociais sem nenhum filtro. Um exemplo de grande sucesso deste período é a peça O talismã, de 1840. 

1846-1852: Sátiras políticas sobre a Revolução de 1848. Peças populares sérias.

A revolução de 1848 aconteceu em março. Tratou-se de uma revolta burguesa e plebeia contra o imperador. Este tema não poderia ficar de fora das peças nestroyanas. Apesar de apoiar a revolução, Nestroy  não foi um revolucionário. Por já estar em uma classe mais abastada, a nova situação política fez com que ele temesse perder suas posses. Seu tradicional tom satírico ficou mais opaco e os heróis tornaram-se moralistas.

1852 – 1862: Volta às farsas.

Neste período, foram escritas apenas sete peças, apenas cinco delas foram encenadas. Os temas eram as farsas políticas, com uma perspectiva crítica. 

A peça O cacique do Vento da Noite ou O festim abominável marca este período.

RECEPÇÃO BRASILEIRA

Traduções de obras do autor

O cacique do Vento da Noite ou O festim abominável [Häuptlling Abendwind oder Das gräuliche Festmahl]. Opereta em um ato. Tradução de Celeste Aida Galeão e Walter Schorlies. Cadernos de Teatro Alemão (Instituto Goethe), n. 52, 1990.

Artigos em revistas acadêmicas
BOHUNOVSKY, Ruth. “Johann Nestroy, o ancestral da vanguarda austríaca: quando a língua se fala e a tradução (não) empaca”. PANDAEMONIUM GERMANICUM (ONLINE) , v. 24, p. 246-270, 2021: p. 246-270. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pg/a/GT6CwptfF9LF7zJs93Z3Mnk/.

Textos em revistas, blogs, jornais

Você sabe quem é Johann Nepomuk Nestroy? Centro Austríaco, 11 nov. 2021. Disponível em: https://centroaustriaco.com/2021/11/11/voce-sabe-quem-e-johann-nepomuk-nestroy/

TRECHO TRADUZIDO

Trata-se de uma tradução informativa (realizada por Maria Eduarda Ososki Nicolau), de caráter provisório, que tenta em parte manter o estilo, o ritmo e a rima, mas não foi pensada para uma encenação.

Der böse Geist Lumpazivagabundus oder: Das liederliche Kleeblatt (1883) 

[O mau espírito Lumpazivagabundus ou O trevo libertino] 

ERSTER ACT

(Wolken-Dekoration.)

Erste Scene

(MEHRERE ALTE ZAUBERER und MAGIER, darunter MYSTIFAX, treten auf und stellen sich im Halbkreis, jeder führt einen erwachsenen SOHN an der Hand, darunter HILARIS und FLUDRIBUS. – STELLARIS sitzt auf dem Throne.)

CHOR DER ALTEN ZAUBERER.

Wir werden euch schon Mores lehren,

Ihr liederlichen Bursche ihr!

Was nun geschehen wird, sollt ihr hören,

Der Feenkönig richtet hier.

Ihr kehrt im nächsten Augenblick

Zur Ordnung wiederum zurück.

STELLARIS. Was versammelt euch so zahlreich an meines Wohnsitzes gold’ner Pforte? Was verlangt ihr von mir?

MYSTIFAX. Mächtiger Beherrscher! wir flehen um deine Hilfe. Es treibt sich ein böser Geist im Zauberlande herum.

STELLARIS. Wie heißt er?

MYSTIFAX. Lumpazivagabundus.

STELLARIS. Was that euch dieser böse Geist?

MYSTIFAX. Er hat sich der Herzen unserer Söhne bemächtigt und sie vom Pfade der Ordnung gelockt. Sie verabscheuen jetzt jede Beschäftigung, sie spielen, trinken, stürzen sich in tolle Liebesabenteuer, mit einem Wort, sie sind verloren, wenn du den bösen Geist nicht bannst.

STELLARIS. Lumpazivagabundus, erscheine!

(Musik fällt ein, LUMPAZIVAGABUNDUS kommt im Vordergrunde aus der Versenkung.)

Zweite Scene

(VORIGE; LUMPAZIVAGABUNDUS.)

LUMPAZIVAGABUNDUS (nach der Musik). Da bin ich! Was steht zu Befehl?

STELLARIS. Du bist Lumpazivagabundus?

LUMPAZIVAGABUNDUS. Der bin ich, und zugleich Beherrscher des lustigen Elends, Beschützer der Spieler, Protector der Trinker ect. ect.; kurzum, ich bin ein Geist aus’m F.

STELLARIS. Verwegener, der du’s wagtest in das Feenreich zu dringen, ich verbanne dich von diesem Augenblick auf ewige Zeit.

LUMPAZIVAGABUNDUS. Ha, ha, ha, ha, ha! (Versinkt lachend.)

STELLARIS (ehe er noch ganz versunken ist). Halt!

LUMPAZIVAGABUNDUS (kommt wieder in die Höhe). Haben mir Eur Herrlichkeit noch was zu sagen?

STELLARIS. Du hast meinen Urtheilsspruch mit Hohngelächter erwidert?

LUMPAZIVAGABUNDUS. Natürlich, weil er nichts nutzt. Ob ich da bin oder nicht, diese jungen Herren bleiben auf alle Fäll meine getreuen Anhänger; denn meine Grundsätze leben in ihnen fort.

STELLARIS (zu den SÖHNEN). Wie? Ihr seid nicht ernstlich entschlossen, zur Ordnung zurückzukehren?

FLUDRIBUS (vortretend). Ich nehme im Namen meiner  Kameraden das Wort. Wir haben den größten Theil unseres Vermögens durchgebracht, ob wir das Restel haben oder nicht, das ist uns gleichviel; darum wollen wir das auch noch verjuxen.

ALLE SÖHNE. Ja, wir wollen es verjuxen.

DIE VÄTER. Entsetzlich!

STELLARIS. Und wenn ihr nichts mehr habt, was dann?

FLUDRIBUS. Dann machen wir Schulden.

[DIE SÖHNE. Wir machen Schulden.]

STELLARIS. Und wenn ihr nicht bezahlen könnt, was dann?

FLUDRIBUS. Dann lassen wir uns einsperren.

DIE SÖHNE. Ja, ja, wir lassen uns einsperren.

FLUDRIBUS. Da gibt sich hernach die Ordnung von selbst.

LUMPAZIVAGABUNDUS (sich triumphirend die Hände reibend). Das sind meine Grundsätze.

MYSTIFAX (zu STELLARIS). Was sagen Euer Herrlichkeit nun dazu?

STELLARIS (zu den SÖHNEN). Wenn ihr aber wieder bekämet, was ihr liederlicher Weise verpraßt habt, würdet ihr dann ordentlich mit dem eurigen haushalten?

HILARIS. Der macht uns wieder reich.

FLUDRIBUS (zu STELLARIS). Ja, wenn wir wieder reich würden, würden wir auch wieder brav.

DIE SÖHNE. Ja, dann würden wir brav!

STELLARIS. Nun denn, Fortuna, nahe dich!

(Musik. MEHRERE NYMPHEN mit Füllhörnern treten auf zuletzt FORTUNA, ihr folgt ihre Tochter BRILLANTINE.)

STELLARIS (nach der Musik). Fortuna, diese jungen Männer haben ihr Vermögen ergeudet; gib ihnen den verlornen Reichthum wieder.

FORTUNA. Beherrscher des Feenreichs! befehlen lasse ich mir nichts, auch nicht von dir; doch weil ich gerade guter Laune hin (zu LUMPAZIVAGABUNDUS) und dir, Elender, zum Trotze, mag es sein. (Zu den SÖHNEN.) Ich schütte mein Füllhorn über euch.

DIE SÖHNE. Tausend Dank!

LUMPAZIVAGABUNDUS. Ha, ha, ha, das ist zum Todtlachen! Durch die Fortuna will Der mir meine Anhänger entreißen! Da werden grad noch ärgere Lumpen draus.

HILARIS. Ich will aufrichtig sein; Reichthum wird mich nie bessern.

MYSTIFAX. Wie? Was? Mein Sohn, du wärst der Incurabelste von allen?

HILARIS. Nur ein Mittel gibt’s, das mich festhalten wird auf dem Pfade der Tugend: es ist Brillantinens Hand.

ALLE. Was?

HILARIS. Wir lieben uns.

FORTUNA (entrüstet). Tochter!

BRILLANTINE. Verzeihung, Mutter!

LUMPAZIVAGABUNDUS (auf HILARIS zeigend). Den geb ich auf, die Anderen alle aber sind und bleiben in meiner Macht.

STELLARIS. Warum, Unhold?

LUMPAZIVAGABUNDUS. Weil die Fee Fortuna nicht im Stande ist, mir einen Anhänger abwendig zu machen, aber der,(auf HILARIS zeigend) – der steht unter dem Schutze meiner größten Feindin, die mich einzig und allein überall vertreibt.

FORTUNA (stolz). Wer ist die Fee, die mächtiger ist als ich?

LUMPAZIVAGABUNDUS. Amorosa ist’s, die Beschützerin der wahren Liebe.

STELLARIS. Amorosa!

(Musik fällt ein, AMOROSA schwebt in einer lichten Wolke mit zwei GENIEN hernieder.)

LUMPAZIVAGABUNDUS. Sie naht schon, die Mächtige, die mir oft meine fidelsten Brüderln entreißt. – Jetzt empfehl ich mich! Aber noch einmal, Madam Fortuna, Sie fürcht ich nicht; denn was meine wahren Anhänger sind, die machen sich nicht so viel aus Ihnen. Kommt ’s Glück einmal, so werfen sie’s heim Fenster hinaus, und kommt’s zum zweiten Mal und will sich ihnen aufdringen auf eine dauerhafte Art, so treten sie’s mit Füßen. – So behandeln meine echten Brüderln das Glück – gehorsamer Diener allerseits.

(Tritt auf die Versenkung und versinkt unter Musik.)

Dritte Scene

(VORIGE ohne LUMPAZIVAGABUNDUS; AMOROSA.)

AMOROSA (HILARIS und BRILLANTINE an der Hand fassend und sich FORTUNEN nähernd). Fortuna! ich vereine meine Bitte mit dem Flehen dieser Beiden, beselige durch günstigen Ausspruch zwei Herzen, die sich der wahren Liebe geweiht.

FORTUNA (zu AMOROSA). Wie, Thörichte, du hoffst, ich werde mich deinem Wunsche fügen, in einem Augenblicke, wo eben ein frecher Unhold zu deinen Gunsten mich erniedrigte und du mit stolzem Blick auf mich herniedersiehst? Ich zerreiße das Band, das [du] um diese Herzen geschlungen.

BRILLANTINE und HILARIS. Weh uns!

STELLARIS. Halt ein, bedenk erst, was du sprichst. Des Feenreiches unumstößliche Gesetze erlauben dir nicht, Hilaris Antrag unbedingt zu verwerfen; nur eine schwere Bedingung festzusetzen, deren Erfüllung die Liebenden trennt, deren Nichterfüllung aber sie auf immer vereint, nur dies ist dir gestattet.

FORTUNA. Nun denn, so sei’s. Ich will eine Bedingung setzen, die zugleich jenem Frechen, der meine Macht verspottet und glaubt, nur du (zu AMOROSA) seist ihm gefährlich, das Gegentheil beweisen soll. – Ich wähle unter den Sterblichen drei seiner Anhänger, lockere Gesellen, jedoch nur solche, welche schon der Armuth drückend Los gefühlt. Diese will ich mit Reichthum überschütten; werfen sie, wie er gesagt, das Glück zum Fenster hinaus, so dringe ich es ihnen zum zweiten Male wieder auf; treten sie es dann mit Füßen, so erkenne ich mich als besiegt, und Hilaris werde meiner Tochter Gema[h]l; doch, wenn sie, wie kaum zu zweifeln ist, das Glück mit Dank empfangen und aus Furcht vor neuer Dürftigkeit, mit weiser Mäßigung, es sich für’s ganze Leben bewahren, und ich sie so dem Lumpazivagabundus entreiße, dann bin ich Siegerin, und Hilaris werde auf immer von meiner Tochter getrennt.

STELLARIS. Wohlan! Nur Eines habe ich noch hinzuzufügen, es gilt für beide Theile gleich. – Gelingt es dir dem Lumpazivagabundus von den drei lockeren Gesellen auch nur zwei zu entreißen, so hast du schon gewonnen; treten hingegen auch nur zwei von ihnen das Glück mit Füßen, so hast du verloren. Dies beschwöre hier vor meinem Thron.

FORTUNA (geht an die Stufen des Thrones und erhebt die Hand zum Schwur). Ich schwöre! (Drei kurze starke Accorde.)

STELLARIS. Dein Schwur ist angenommen.

MYSTIFAX (zu AMOROSA). Und für die andern verlornen Söhne hier ist keine Rettung aus den Krallen des Lumpazivagabundus zu hoffen?

AMOROSA. Nicht eher, als bis wahre Liebe in ihrem Herzen Eingang gefunden.

HILARIS (BRILLANTINEN umarmend). So leb denn wohl auf ewig! Unmöglich kann die Bedingung zu unserem Besten sich erfüllen.

AMOROSA. Verzweifelt nicht, baut auf die Beschützerin wahrer Liebe. (Sie besteigt ihren Wolkenwagen. Kurze Musik fällt ein, ALLE ziehen sich zurück.)

CHOR.

So ist in dunkler Zukunft Schooß Verborgen unsrer Söhne Loos.(Die nächste Dekoration fällt vor.)Verwandlung (Kurze freie Gegend. die Landstraße vorstellend, links eine hölzerne Bank unter einem Meilenzeiger.)

Vierte Scene

(LEIM – dann KNIERIEM – dann ZWIRN.)

LEIM (mit einem Felleisen, tritt gleich nach der Verwandlung auf). Da wär ich beim Thor. Es ist aber, so viel ich merk, eine ungefällige Stadt; denn wenn sie gefällig wär, so wär sie mir auf halbem Weg entgegengekommen. Im Grund betrachtet, ist’s a Schand, ich bin ein ausgelernter Tischler, und es gehn mir ordentlich d’ Füß aus’n Leim. Ist’s denn aber auch anders möglich? Die Wirth auf der Straßen haben ja Herzen so hart als ein Ast in ein buchsbaumenen Pfosten. Woher kommt das aber? Weil die Leut keine Bildung haben aufn Land. lind warum haben s’ aufn Land keine Bildung? Weil s’ lauter eichene Möbeln haben, drum kennt das Volk keine Politur: und wer keine Politur kennt, ist ein Socius. – Jetzt will i halt a bisserl ausrasten da und nachher um d’ Herberg fragen. (Setzt sich auf die Bank.) (Das Ritornell des folgenden Liedes beginnt. KNIERIEM, ein Ränzchen auf dem Rücken, tritt auf.)

KNIERIEM. Es kommen d’ Stern, es wird schon spat, Zeit is, daß s’ einmal da is d’ Stadt. Ich brauch ein Guld’n jetzt zum Verhaun, Da muß i gleich zum Fechten schaun. Und wie i ein Gulden z’sammbettelt hab, Da laßts mir drei Maß Bier hinab. A drei Maß Bier laßts mir hinab. Mein Rausch hab i Jahr aus Jahr ein, Es wird doch heut kein Ausnahm sein. (Er setzt sich auf die Bank rechts.) (Die Musik verändert sich. ZWIRN tritt von derselben Seite ein, er ist abgeschaben, aber dennoch so viel wie möglich geputzt, und trägt ebenfalls den Wa[n]derbündel auf dem Rücken.)

ZWIRN (äußerst lustig).

D’ Stadt ist in der Näh, 

Drum schrei ich Juheh! 

Juheh! Juheh! Juheh! 

Wer d’ Madeln gern hat, 

Juheh! findt g’nug in der Stadt. 

Blauer Montag is alle Tag, 

Darum lass ich nicht nach, 

Bis die Sonn morgen scheint, 

Grad so lang tanz i heunt; 

Ich tanz mir doch nit g’nu, 

Darum gib ich kein Ruh, 

Spring wie a Gas in d’ Höh 

Und schrei Juheh!

Was sitzen denn da für ein Paar Maner?

LEIM. Ich bin ein Tischler.

KNIERIEM. Und i bin a Schuster.

ZWIRN. Seids ös schon so weit gangen  heut, daß ’s so müd seids? 

LEIM. Das just nit, aber mit’n Essen hat’s schlecht ausg’schaut. Ich hab nit mehr als zwei Meilen g’macht.

KNIERIEM. Und ich hab mir eine halbe Stund von hier ein Rausch ausg’schlafen, das war aber schon ein Millionhaarbeutel das – und was hab i trunken? Neun halbe Bier; aber seit dem letzten Kometen greift mich Alles so an.

ZWIRN. Pfui Teuxel! Schamts euch nit? Auf so ein Trümmerl Weg rasten s’ aus! Ich geh heut schon meine drei Stationen, und kann den Augenblick nit erwarten, wo ich zum Tanzen komm.

LEIM. Hör auf, Brüderl, du schneidst auf. Ich bin g’wiß nit schlecht auf die Füß; aber drei Stationen gehn und noch tanzen wolln, das is g’logn. Jetzt schaun wir halt, daß wir g’schwind auf d’ Herberg kommen.

KNIERIEM. Ich hab einen enormen Durst.

LEIM. Zuerst gehn wir fechten. (Das Betteln parodirend.) Euer Gnaden, ein armer reisender Handwerksbursch bitt gar schön um a bissel was auf a Musik; nachher wird’s ein Leben werden heut Nacht.

ZWIRN. Fidel muß’s zugehen.

KNIERIEM. Ich dudl mir heut ein an, wie ich seit’n letzten Kometen kein g’habt hab.

LEIM. Also frisch in die Stadt marschirt.

Lied

ALLE DREI. 

Wir wollen in die Stadt marschiren. 

Und drinnen unser Glück probiren. 

Der Weg wird uns zur Herberg führen. 

In der Herberg nachher da geht’s an. 

 Was uns ’s Fechten g’winnt. 

 Durch die Gurgel rinnt. 

 Und is Alls verthan. 

 Liegt uns a nix drin. 

Darum nicht lange spekuliren, 

In der Herberg zeigt sich, was man kann.

(Gehen Arm in Arm ab.)

PRIMEIRO ATO

(Decoração de nuvens).

Primeira cena

(VÁRIOS FEITICEIROS VELHOS e BRUXOS, incluindo MYSTIFAX, aparecem e posicionam-se em um semi-círculo, cada um conduz seu FILHO adulto pela mão, incluindo HILARIS e FLUDRIBUS. – STELLARIS senta no trono).

CORO DOS FEITICEIROS VELHOS

Bons modos vamos lhes ensinar,

ó, garotos desleixados!

O que vai acontecer agora vocês devem escutar,

O Rei das Fadas é quem vai nos ajudar,

já já para o bom caminho vocês vão voltar.

STELLARIS. Por que tem tantos de vocês na frente do meu portão dourado? O que querem de mim?

MYSTIFAX. Soberano todo poderoso! Nós estamos implorando pela sua ajuda. Tem um espírito mau vagando pela Terra Mágica.

STELLARIS. Como ele se chama?

MYSTIFAX. Lumpazivagabundus.

STELLARIS. O que esse espírito mau fez com vocês?

MYSTIFAX: Ele apoderou-se dos corações dos nossos filhos e os levou para o mau caminho. Agora detestam seus afazeres, eles brincam, bebem, caem em aventuras amorosas, em uma palavra, estão perdidos, se você não banir o espírito maligno. 

STELLARIS. Lumpazivagabundus, apareça!

(Começa a música, LUMPAZIVAGABUNDUS aparece do nada no primeiro plano)

Segunda cena

(ANTERIORES; LUMPAZIVAGABUNDUS).

LUMPAZIVAGABUNDUS (depois da música). Aqui estou! O que querem de mim?

STELLARIS. Você é o Lumpazivagabundus?

LUMPAZIVAGABUNDUS. Esse sou eu, e também o soberano da miséria alegre, protetor dos jogadores, dos que bebem, etc, etc; resumindo, sou um espírito do bem.

STELLARIS. Atrevido que ousou adentrar no Reino das Fadas, está banido daqui em diante.

LUMPAZIVAGABUNDUS. Ha, ha, ha, ha, ha! (Gargalha).

STELLARIS (antes de LUMPAZIVAGABUNDUS sumir completamente) Espere!

LUMPAZIVAGABUNDUS. (volta para a superfície) Vossa Senhoria tem mais alguma coisa para dizer?

STELLARIS. Você desdenhou da minha sentença com sua risada escandalosa?

LUMPAZIVAGABUNDUS. Claro, pois ela não serve pra nada. Eu estando aqui ou não, esses jovens vão continuar sendo meus leais seguidores, meus princípios já são parte deles. 

STELLARIS (para os FILHOS). Como assim? Vocês não estão decididos a voltar para os eixos?  

FLUDRIBUS (dá um passo à frente) Falo em nome de meus camaradas. Já gastamos grande parte de nossos bens, se sobrar um restinho ou não, para nós tanto faz; queremos é torrar. 

TODOS OS FILHOS. Sim, queremos é torrar.

OS PAIS. Terrível!

STELLARIS. E quando não tiverem mais nada, o que farão?

FLUDRIBUS. Aí a gente pega emprestado.

[OS FILHOS] Aí a gente pega emprestado.

STELLARIS. E quando não puderem mais pagar, o que farão?

FLUDRIBUS. Aí deixamos que nos prendam.

OS FILHOS. Sim, isso, deixamos que nos prendam. 

FLUDRIBUS. Aí a ordem volta a reinar. 

LUMPAZIVAGABUNDUS (esfrega as mãos de forma triunfante) Aí estão meus princípios.

MYSTIFAX (para STELLARIS) E o que Vossa Senhoria tem a dizer sobre isso?

STELLARIS (para os FILHOS). Mas, se vocês recuperassem o que perderam, cuidariam dos bens com mais cautela? 

HILARIS. Nos fará rico de novo. 

FLUDRIBUS (para STELLARIS). Sim, se nós fôssemos ricos de novo, também voltaríamos a ser bons. 

OS FILHOS. Sim, voltaríamos a ser bons.

STELLARIS. Agora, Fortuna, venha aqui!

(Música. VÁRIAS NINFAS com cornucópias, por último FORTUNA, BRILLANTINE, sua filha, a segue).

STELLARIS (depois da música). Fortuna, esses jovens desperdiçaram seus bens, devolva-os a riqueza perdida.

FORTUNA. Soberano do Reino das Fadas! Não deixo que mandem em mim, nem mesmo tu, mas porque estou de bom humor (para LUMPAZIVAGABUNDUS) e para te irritar, desgraçado, assim será.(para os FILHOS). Derramarei minha cornucópia sobre vocês. 

OS FILHOS. Muito obrigado!

LUMPAZIVAGABUNDUS. Ha, ha, ha, isso é hilário! Ele quer conquistar meus seguidores através da Fortuna! Assim se tornarão canalhas ainda piores!

HILARIS. Preciso ser sincero, a riqueza nunca vai me tornar alguém melhor.

MYSTIFAX. O quê? Como? Meu filho, seria você o mais incurável de todos?

HILARIS. Só há um meio de me manter no bom caminho: é a mão da Brillantine. 

TODOS. O quê?

HILARIS. Nós nos amamos.

FORTUNA (indignada). Filha!

BRILLANTINE. Perdão, mãe!

LUMPAZIVAGABUNDUS (apontando para HILARIS). Abro mão dele, mas os outros estão e continuarão sob o meu domínio.

STELLARIS. Mas por que, infeliz?

LUMPAZIVAGABUNDUS A fada Fortuna não é páreo para afastar um único seguidor  de mim, mas ele (apontando para HILARIS) está sob proteção da minha maior inimiga, aquela capaz de me expulsar de qualquer lugar.

FORTUNA (orgulhosa) E qual é a fada mais poderosa que eu?

LUMPAZIVAGABUNDUS. Amorosa, a protetora do amor verdadeiro. 

STELLARIS. Amorosa!

(A música começa, AMOROSA flutua numa nuvem leve com dois GÊNIOS).

LUMPAZIVAGABUNDUS. Já se aproxima, a poderosa que muitas vezes arrebata meus irmãos mais sagazes. – Eu já vou! Mas, mais uma vez, madame Fortuna, a senhora eu não temo; pois os que são meus seguidores verdadeiros não se preocupam com a senhora. Se a sorte os aparece uma vez, a jogam pela janela, e, se vem uma segunda vez e tenta ficar, a pisoteiam. – E é assim que meus fiéis seguidores tratam a sorte – ao seu dispor.

(LUMPAZIVAGABUNDUS some com a música).

Terceira cena

(ANTERIORES sem LUMPAZIVAGABUNDUS; AMOROSA).

AMOROSA (segurando HILARIS e BRILLANTINE pela mão e se aproximando de FORTUNA). Fortuna! Eu uno o meu pedido à súplica destes dois, abençoe esses dois corações que escolheram o amor verdadeiro.

FORTUNA (para AMOROSA). Como, tola, espera que eu ceda aos seus desejos justo agora que um espírito atrevido me humilhou em seu favor e você me desprezou com esse olhar orgulhoso? Eu estou quebrando o elo que [você] criou nesses corações.

BRILLANTINE e HILARIS. Ai de nós!

STELLARIS. Espera, pense antes de falar. As leis invioláveis do Reino das Fadas não lhe permitem impedir de vez a proposta de Hilaris. Permitem apenas impor as condições mais severas para o seu cumprimento, se os amantes cederem, serão separados, se resistirem, serão felizes para sempre. 

FORTUNA. Pois bem, que assim seja. Quero colocar uma condição justa para mostrar o contrário àqueles que zombam do meu poder e acreditam que só você (para AMOROSA) é perigosa para eles. – Vou escolher, entre os mortais, três dos seguidores dele, mas só aqueles que já sentiram o peso opressivo da pobreza. Eu os cobrirei de riqueza. Se Lumpazivagabundus tiver razão e eles jogarem tudo pela janela, eu os presentearei uma segunda vez. Se eles pisotearem a sorte de novo, então me darei por vencida e Hilaris se tornará o marido de minha filha. Mas, claro, se eles receberem as riquezas com gratidão e, por medo de voltarem para a pobreza, a preservarem com sábia moderação para toda a vida, como é de se esperar, eu tomarei os camaradas de Lumpazivagabundus e serei a vencedora, assim Hilaris ficará longe de minha filha para todo o sempre. 

STELLARIS. Tudo bem! Só tenho algo a acrescentar, isso vale para ambas as partes! – Se você conseguir arrebatar pelo menos dois dos fiéis de Lumpazivagabundus, você já venceu, por outro lado, se dois deles pisotearem as riquezas, você perdeu. Jure isto perante o meu trono. 

FORTUNA (vai até os degraus do trono e levanta a mão para jurar). Eu juro! (três acordes curtos e fortes).

STELLARIS. Seu juramento foi aceito.

MYSTIFAX (para AMOROSA). E não há esperança de salvação das garras do Lumpazivagabundus para os outros filhos?

AMOROSA. Não enquanto o amor verdadeiro não encontrar o caminho para os corações deles. 

HILARIS (abraçando BRILLANTINE). Então adeus para todo o sempre! É impossível que a condição para o nosso bem seja cumprida!

AMOROSA. Não se desespere, confie na protetora do amor verdadeiro. (Ela sobe em sua carruagem de nuvens, toca uma música curta e TODOS saem). 

CORO.

O destino dos nossos filhos está escondido em um futuro sombrio. (O próximo cenário cai). Mudança (Pequena área aberta, representando a estrada secundária, à esquerda um banco de madeira embaixo de um marcador de milhas).

Quarta cena

(COLA – depois REMENDÃO- depois LINHA).

COLA (com uma mochila de couro, aparece depois da transformação). Isso aqui era pra me levar até Thor. Mas, até onde eu sei, é uma cidade meia boca, porque, se não fosse, vinha me encontrar no meio do caminho. Enfim, é uma pena. Eu sou um carpinteiro dos bons e meus sapatos já estão abrindo. Mas tem outro jeito? Os estalajadeiros daqui têm o coração tão duro quanto um tronco de árvore. E por que isso?  Porque ninguém tem educação no campo. Mas por que não tem educação no campo? Porque aqui todo mundo tem móvel de carvalho, o povo não sabe nada de polimento: e quem não sabe nada de polimento é companheiro. – Agora eu quero é beber e mais tarde vou perguntar qual é o albergue mais perto. (Se senta no banco). (Começa o ritornelo da próxima música. REMENDÃO entra com uma mochila nas costas). 

REMENDÃO. As estrelas tão chegando, tá ficando tarde, já tá na hora de eu ir andando. Preciso de ouro pro abatis, preciso ir já dar uma olhada na cerca. Quando por ouro pedi, três litros de cerveja recebi. Me deram três litros de cerveja. A minha ressaca de sempre não vai ser exceção hoje. (Se senta no banco à direita) (A música muda. LINHA aparece pelo mesmo lado, ele está arranhado, mas, ainda assim limpo, e carrega uma trouxa nas costas). 

LINHA (muito engraçado)

A cidade é logo ali,

por isso eu grito Iupi!

Iupi! Iupi! Iupi!

Quem das garotas gostar,

Iupi! na cidade muitas vai achar

Todo dia é dia de descansar,

e eu não vou desistir,

até o sol raiar,

danço até cansar,

e sozinho eu não danço,

e por isso não descanso,

voo como um ganso

e grito Iupi!

Por que vocês estão sentados aí?

COLA. Sou carpinteiro.

REMENDÃO. E eu sou sapateiro.

ZWRIN. Já foi tão longe pra estar tão cansado assim?

COLA. Não é isso, a comida que tinha uma cara horrível. Não andei mais de duas milhas.

REMENDÃO. E tive uma boa noite de sono a meia hora daqui, mas foi um negócio de um milhão de dólares – e o que é que eu bebi? Nove litros de cerveja; mas é assim desde que eu me conheço por gente.

LINHA. Ui, diabo! Você não tem vergonha na cara? Ficar bêbado num caminho tão ruim! Eu já tô fazendo minhas três paradas hoje e tô doido pra poder dançar. 

COLA. Para com isso, irmão, está exagerando. Não tô mal, mas andar tudo isso e ainda querer dançar é demais. Agora vamos ver se chegamos logo no albergue. 

REMENDÃO. Eu tô morrendo de sede. 

COLA. Primeiro vamos nos garantir. (Imitando um pedinte). Vossa Graça, um pobre artesão viajante pede uma pequena esmola em troca de música, depois esta noite será uma vida.

LINHA. Tem que dar certo.

REMENDÃO. Hoje vou ter uma noite como não tenho há um tempão. 

COLA. Então vamos logo pra cidade. 

Música

OS TRÊS. 

Queremos até a cidade marchar.

E tentar a sorte por lá.

Até o albergue o caminho vai levar.

A festa vai ser animada

O que a gente ganha.

Desce pela garganta.

Não nos importa nada.

Não sobra nada.

Por isso não fale muito 

O albergue mostra o que pode fazer.

(Saem de braços dados).

REFERÊNCIAS

BOHUNOVSKY, Ruth. “Johann Nestroy, o ancestral da vanguarda austríaca: quando a língua se fala e a tradução (não) empaca”. PANDAEMONIUM GERMANICUM (ONLINE) , v. 24, p. 246-270, 2021: p. 246-270. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pg/a/GT6CwptfF9LF7zJs93Z3Mnk/.

GOLLNER, Helmut. Johann Nestroy (1801-1862). In: ZEYRINGER, Klaus; GOLLNER, Helmut. Áustria: uma história literária. Literatura, cultura e sociedade desde 1650. Tradução e adaptação de Ruth Bohunovsky. Curitiba: Editora UFPR, 2019, 217-247.
SCHMIDT-DENGLER, Wendelin. Nestroy – Die Launen des Glücks. Wien: Paul Zsolnay, 2001.